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Economia
Segunda - 24 de Novembro de 2008 às 12:01
Por: Leandro J. Nascimento

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Um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Associação Nacional dos Confinadores e Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola indicou que em Mato Grosso pecuaristas que confinam gado têm maiores gastos com a compra dos animais para a engorda (61,8%) ao invés da alimentação (34,6%). Entre as razões indicadas está a forte valorização dos animais utilizados no sistema recria-engorda e/ou confinamento, puxada pela oferta escassa, a partir do maior abate de matrizes em anos anteriores.

Com base em dados coletados entre janeiro de 2004 a agosto de 2008, o Cepea indicou que “o preço da saca do milho permaneceu em sua maioria superior ao do bezerro, tendo a maior desvalorização nos últimos dois anos. Neste último período, com a valorização do bezerro a diferença se inverteu e os preços do animal ficaram pela primeira vez superior ao do grão comparativamente”, informa.

O estudo acrescenta ainda que a atividade de confinamento teve um melhor momento, em termos de preços, em 2006, quando o valor do animal esteve praticamente estável, enquanto que o milho decaia. “ Do segundo semestre do ano passado em diante, o preço do bezerro no Mato Grosso, de agosto de 2007 até o mesmo mês de 2008, teve alta de 43,74%, enquanto que o milho no mesmo período apresentou desvalorização de 13,8%. A compra de animais vem onerando mais o produtor do que os preços grãos, no caso, o milho”, acrescenta a pesquisa.

Para o analista de cadeia pecuária do Imea, Otávio Lemos “o custo dos animais sempre foi maior porque sistema de produção foi este no Brasil. Mesmo que o valor de produção do confinamento seja maior, esse não pode custar mais do que o animal vai engordar”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias.

Lemos salienta ainda que, “como no nosso sistema de produção, o animal não engorda mais do que ele pesa o custo da alimentação não pode ser maior do que o custo do animal caso contrario inviabilizaria o sistema”, enfatizou.

A pesquisa atribuiu ainda em 3,6% outras despesas na composição do custo em confinamento em Mato Grosso.





Fonte: Só Notícias

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