Dólar fecha a R$ 2,16 após ações do BC; Bovespa ascende 2,96%

O mercado de câmbio negociou o dólar comercial por R$ 2,168 na venda, o que significa um incremento de 0,37% sobre a cotação de sexta-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,310, num avanço de 1,76%.

Em dia de recuperação dos mercados, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 2,96%, aos 38.359 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,2 bilhões. A Bolsa brasileira é impulsionada, em boa parte, pelas ações do setor bancário com a notícia da fusão do Itaú e Unibanco. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,12%.

O Banco Central entrou no mercado com um leilão de venda às 11h11 e adquiriu moeda por R$ 2,1875 (taxa de corte). Nessa operação, a autoridade monetária não informa o montante negociado. Pouco mais tarde, às 12h45, o BC voltou à carga com um leilão de "swap" cambial e colocou US$ 838 milhões desses contratos, que fornecem proteção ao agente financeiro contra as oscilações do dólar.

O Boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos analistas do setor financeiro projeta a taxa de câmbio a R$ 2,00 no final de dezembro deste ano. Na edição anterior desse boletim, mediana das projeções apontava a cotação de R$ 1,95.

"Quase todo o mercado está trabalhando com o dólar em torno de R$ 1,95 no final do ano. O preço de hoje está inflado e pode haver uma acomodação muito rapidamente, nas próximas semanas", afirma João Gomes, gerente de câmbio da corretora Agente. "Nós já estamos vendo uma certa volta à normalidade. O mercado não está totalmente calmo, mas percebe que muitos problemas [no setor financeiro mundial] já foram equacionados. O que existe ainda é o 'susto' com o que já passou", sintetiza.

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que referencia as tesourarias de bancos, ajustou para baixo as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.

No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada cedeu de 13,76% ao ano para 13,74%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 15,68% para 15,56%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista passou de 16,41% para 16,28%.