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Economia
Quinta - 02 de Outubro de 2008 às 15:58

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O pânico cíclico que tem tomado conta dos mercados nos últimos 20 dias voltou a contaminar os negócios desta quinta-feira. O pessimismo de investidores e analistas com a economia americana voltou a derrubar Bolsas de Valores por todo mundo, sem exceção da Bolsa brasileira, e fez o câmbio disparar para sua maior cotação desde 21 de agosto de 2007.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) despenca 7,55%, após cair mais de 9%, no pior momento do dia. O giro financeiro é de R$ 4,67 bilhões.

Nas últimas operações de hoje, o dólar comercial foi comercializado a R$ 2,023, na venda, o que representa uma forte alta de 5,09% sobre a cotação de ontem. Essa oscilação brusca do câmbio somente não é a pior dos últimos dez anos porque, no final de setembro, os agentes financeiros já viram a taxa variar 6,2% no último dia 29.

Numa demonstração do nervosismo do mercado, o preço da moeda americana variou hoje entre a cotação mínima de R$ 1,943 e a máxima de R$ 2,040.

A aprovação do pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões no Senado americano não foi suficiente para melhorar o ânimo dos investidores, que ainda aguardam a decisão da Câmara. Para tornar o cenário ainda mais tenso, os números da economia americana voltaram a alimentar a percepção de que o país caminha para uma recessão: o mercado de trabalho mostrou deterioração, enquanto o volume de encomendas de bens industriais caiu.

No mercado de câmbio, analistas e operadores afirmam que pelo menos dois fatores estimulam a disparada das cotações. Um deles é a necessidade de que grandes investidores estrangeiros vendem pesadamente ativos brasileiros para fazer caixa e cobrir perdas lá fora. O principal fator, no entanto, para alguns analistas, é a especulação promovida por alguns agentes financeiros, que se aproveitam de um cenário em que o acesso a crédito externo ficou ainda mais difícil.

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que serve de referência para as tesourarias dos bancos, não escapou do estresse geral e elevou fortemente as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.

No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada subiu de 13,98% para 14%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada passou de 14,37% para 14,54%; e no vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista avançou de 14,13% para 14,44%.





Fonte: Folha Online

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