IPCA mostra reajuste menor de alimentos pela primeira vez desde fevereiro
A coordenadora de preços do órgão, Eulina dos Santos, disse que o recente arrefecimento das commodities no mercado internacional ainda não é sustentado, e por isso, ainda é precipitado indicar que a queda tenha continuidade.
Ela explicou que a redução da pressão dos alimentos no mês passado pode estar atrelada às medidas tomadas pelo governo para segurar a recente alta, além do anúncio do plano de safra 2008/2009 e da previsão positiva de produção de alimentos no país.
"Os indícios são que foram ações como a retirada de impostos de alguns produtos, como o trigo, além dos anúncios do plano de safra e da produção recorde. O anúncio de um plano com incentivos faz com que o produtor coloque o produto estocado no mercado", afirmou.
No ano, os alimentos acumulam alta de 9,78%, com contribuição de 2,12 p.p. sobre a inflação acumulada de 4,19% no período. Nos últimos 12 meses, os alimentos subiram 15,54%, contribuição de 3,27 p.p. sobre os 6,37% do total do IPCA.
Em 12 meses, a inflação acumula a maior alta desde os 12 meses encerrados julho de 2005, quando chegara a 6,57%.
Caso os alimentos subam 0,92% em agosto, o índice do ano igualará os 10,79% registrados ao longo do ano passado.
Em julho, as principais quedas entre os alimentos foram verificadas na batata-inglesa (-6,40%), cenoura (-4,74%), cebola (-3,76%) e manteiga (-2,49%).
No ano, o principal impacto veio do item refeição fora de casa, com 0,38 p.p. (alta de 9,84%), seguido pelas carnes, com 0,31 p.p. (alta de 14,93%) e do pão francês, com influência de 0,22 p.p. (alta de 20,82%).
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