Saúde registra cinco casos de câncer do colo do útero em Tangará da Serra
De acordo com a coordenadora do Posto Central Loidjane Lopes Marques, este número é muito alto, e preocupa a saúde do município, tendo em vista que o câncer do cólo do útero, é uma doença que se não tratada a tempo pode lever a morte. Segundo a coordenadora, existem várias causas que contribuem com a doença, uma delas a alteração do próprio organismo, hereditariedade e principalmente pelo vírus HPV. Ela explica que ele é transmitido através de relações sexuais, sem o uso do preservativo. “Se deixar o vírus evoluir, ele pode se transformar em um câncer, causando maiores consequências”, comenta. A maioria dos homens e principalmente as mulheres, destaca Loidjane, nem sabem que tem o vírus. E é exatamente por isso, que é tão importante a realização do exame para que ele seja detectado e tratado a tempo. O exame é feito gratuitamente nas Unidades de Saúde da Família (USF´S). Depois de colhido, o material é enviado para Cuiabá para a análise. No caso de preventivos alterados é solicitado o exame colposcopia, para que, se detectado câncer, o tratamento seja iniciado rapidamente.
A coordenadora orienta à todas as mulheres que façam o exame anualmente. Principalmente as com idade acima de 40 anos. “Nesta idade a mulher deve prestar mais atenção em alguma alteração no seu corpo”, diz. Ela ressalta ainda que para realizar o preventivo é necessário algumas orientações, como não estar menstruada, ficar pelo menos três dias sem ter tido relações sexuais, e não estar utilizano nenhum creme vaginal. “Apesar de que o exame cause um certo incômodo. A mulher tem que pensar em sua saúde primeiramente”, acrescenta.
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA - O câncer do colo do útero se inicia no colo uterino da mulher, que é a parte do útero que fica no fundo da vagina. O útero é o órgão que envolve o bebê durante a gravidez e ao nascer de parto vaginal, o bebê passa pelo canal central do colo uterino. Este tipo de câncer costuma apresentar crescimento lento. Durante vários anos, células da superfície do colo do útero se tornam anormais. No início, estas anormalidades ainda não se caracterizam como um câncer e são denominadas displasias. Porém algumas dessas alterações ou displasias podem dar início a uma série de alterações que podem levar ao aparecimento do câncer de colo de útero. Algumas displasias se curam espontaneamente, sem tratamento, mas sendo algumas pré-cancerosas, todas necessitam de atenção para evitar o aparecimento do câncer. Geralmente o tecido displásico pode ser retirado ou destruído sem atingir tecidos saudáveis, mas em alguns casos, a histerectomia (retirada total do útero) pode ser necessária. HPV- Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais mostram um crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. Existem mais de 200 subtipos diferentes de HPV, entretanto, somente os subtipos de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
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