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Economia
Sexta - 01 de Agosto de 2008 às 16:54

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O mercado de câmbio continua a testar "um piso" para a moeda americana, encerrando os negócios pela primeira vez desde janeiro de 1999 na casa dos R$ 1,55 nesta sexta-feira.

O dólar comercial foi cotado a R$ 1,559 na venda, em declínio de 0,25%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado a R$ 1,670, número que representa um decréscimo de 0,59% sobre a taxa anterior.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, amarga retrocesso de 3,21%, para os 57.596 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,50 bilhões.

"O mercado especulou muito nesta semana com a expectativa de algumas operações ocorram nos próximos dias, na casa dos bilhões de dólares, mas por enquanto tudo ainda é boato. Alguns até falaram que parte desses dólares já começou a entrar no país, mas repito, ainda há muita especulação sobre isso", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora Fourtrade.

Nesta semana, um assunto que rodou as mesas de câmbio das corretoras e tesourarias foi a operação de venda de ativos da MMX, empresa de mineração do empresário Eike Batista, para a Anglo American, na casa dos US$ 3 bilhões. Nos termos do acordo fechado entre a MMX e a Anglo, a transação deve ser concluída no dia 5 deste mês.

Profissionais das mesas de câmbio lembraram também que a perspectiva de juros básicos ainda maiores no Brasil devem continuar a atrair recursos e derrubar as taxas. O conteúdo da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgado ontem, reforçou a percepção de que a taxa Selic --hoje em 13%-- pode atingir 13,75% ainda em setembro.

Entre as principais notícias do dia, o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial brasileira fechou julho com o maior volume mensal de negociações na história.

A corrente de comércio (soma de importações e exportações) ficou em US$ 37,602 bilhões, resultado de outros dois recordes para um mês: o de exportações, que somaram US$ 20,453 bilhões (média diária de US$ 889,3 milhões), e de importações, a US$ 17,149 bilhões (com média diária de US$ 745,6 milhões).

Juros futuros

O mercado reagiu favoravelmente ao recuo do IPC-S final de julho, que apresentou variação de 0,53%, 0,14 ponto percentual abaixo do apurado com base no período até 22 de julho. Na quarta-feira, o IGP-M também já havia aliviado alguns analistas, com uma variação (1,76%) abaixo do previsto pelo setor financeiro (1,80%).

No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada foi mantida em 13,71% ao ano; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada recuou de 14,88% para 14,77%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada retraiu de 14,55% para 14,35%.





Fonte: Folha Online

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