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Nacional
Segunda - 07 de Julho de 2008 às 13:44
Por: Fernando Antunes

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A audiência de conciliação entre o sindicato e a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), na sede do TST (Tribunal Superior do Trabalho), foi suspensa no fim da manhã desta segunda-feira sem uma definição sobre a greve da categoria. Com isso, continua em 23 Estados mais Distrito Federal a paralisação iniciada na terça-feira da semana passada.

O presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito, propôs intermediar pessoalmente a negociação mediante a volta de todos os funcionários da empresa ao trabalho. Duas reuniões semanais, de acordo com a proposta, seriam realizadas até o fim de julho entre as partes. Porém, Correios e sindicalistas não chegaram a um acordo, e a audiência no TST será retomada no próximo dia 15.

Segundo a Fetect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), a categoria reivindica o cumprimento integral de um acordo assinado em novembro de 2007. Os principais pontos do acordo não cumpridos seriam a incorporação de 30% de adicional de periculosidade nos salários, negociação do plano de carreira e participação nos lucros.

Por sua vez, os Correios afirmam que o compromisso foi cumprido e mantêm o posicionamento de cortar o ponto dos grevistas.

Retomada

Como não houve acordo sobre o fim definitivo da greve, fica mantida a liminar do TST que determina que pelo menos 50% dos funcionários dos Correios retomem o trabalho, sob pena de multa diária de R$ 30 mil pelo descumprimento.

"Assim sendo, embora deva ser reconhecida a utilização da greve como legítimo instrumento de pressão sobre o empregador, faz-se necessário resguardar o interesse público, com a manutenção, ainda que parcial, dos serviços realizados pela empresa", disse Brito em nota à imprensa, na sexta-feira.

Até o fim da manhã desta segunda-feira, os Correios não tinham informações atualizadas da adesão dos funcionários a greve. O último levantamento, de sexta-feira, apontava que 36% dos carteiros de todo o Brasil estavam de braços cruzados.

Em São Paulo, que possui um quinto de todos os carteiros do país, 17% estavam parados até aquele dia. Em Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe, esse percentual passava dos 50%.





Fonte: Folha Online

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