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Terça - 28 de Maio de 2013 às 14:07
Por: Darwin Júnior

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O Governo Federal admitiu que há um problema generalizado nos aeroportos brasileiros, especialmente nos terminais das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Com apenas 11% concluído (dados do TCE-MT), após cinco meses de obras, o aeroporto de Cuiabá com intervenções para ampliação, reforma e novo estacionamento atrasadas engrossa a lista das preocupações. O atual ritmo das obras no aeroporto Marechal Rondon, com quase 90% por fazer desperta a desconfiança quanto a conclusão a tempo para a Copa. A conclusão da obra ainda este ano já é vista como uma possibilidade remota.

Na semana passada, o ministro-chefe da Secretariade Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco revelou que os projetos dos aeroportos para a Copa, incluindo o de Cuiabá, poderiam ter sido melhores, o que não ocorre devido à política de baixos preços praticada pela Infraero. O ministro culpou a baixa qualidade dos projetos de engenharia para a reforma de aeroportos brasileiros como a vilã dos atrasos. 

Com cronograma de entrega para o fim do ano, as obras no aeroporto Marechal Rondon ainda estão na fase de demolição, fundações, trabalho com terra e levantamentamento de pilares. O aeroporto de Cuiabá foi apontado, atualmente, como um dos quatro piores entre as 12 sedes do Mundial em pesquisa realizada pelo próprio Governo com passageiros.

Não é só Cuiabá que preocupa. As obras estão atrasadas em 18 dos 23 aeroportos que recebem recursos do Programa de Aceleração do Crescimento. O governo diz que falta qualidade nos projetos, o que provoca os atrasos na execução das reformas. A média de atraso é de quatro meses. A situação do Galeão, no Rio, é uma das mais preocupantes. Tem obra do Galeão, no Rio de Janeiro, que começou em 2008. Nem 30% estão prontos, segundo dados da Infraero.

Os prognósticos são intrigantes. Para o evento mais próximo, a Copa das Confederações, em junho, o Galeão não ficará pronto. A solução será improvisar com um túnel provisório para que os passageiros não precisem andar pela calçada do lado de fora ao sair do terminal dois para o um. As obras dos dois terminais só serão concluídas em abril do ano que vem, dois meses antes da Copa do Mundo. A privatização do Galeão está prevista para setembro.

Outro aeroporto que será privatizado no segundo semestre é o de Confins, em Belo Horizonte. Também está cheio de atrasos. A modernização do terminal não vai ficar pronta esse ano, como previsto pelo governo. A obra da pista e dos pátios começou há três meses, mas avançou só 2%. Parte dela só deve ser finalizada depois da Copa, em agosto de 2014.

Matéria veiculada na manhã desta terça-feira no programa Bom Dia Brasil da Globo aponta que desde 2010 foram previstas obras em todos os aeroportos das cidades que vão sediar jogos da Copa. Dos 12, sete estão com obras fora do prazo previsto. Na maioria, os serviços serão entregues com quatro meses de atraso, ou seja, só no ano que vem. O Aeroporto de Brasília é um dos poucos com o cronograma em dia. 

Os atrasos seguem por todo o país: Salvador, Fortaleza, Porto Alegre. O aeroporto de Curitiba, apesar de ter concluído mais de 80% da obra, foi o que mais adiou a entrega: de dezembro para maio do ano que vem. No balanço: obras pendentes em 18 dos 23 aeroportos que têm recursos do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Previsão de investimentos até 2014: R$ 7,1 bilhões.

O Governo justifica que o problema está na má qualidade dos projetos. “Sem projeto executivo de qualidade , não se tem obra boa”, afirma o ministro da Secretaria da Aviação Civil, Moreira Franco. E não para por aí. Os problemas vão além: a obra no aeroporto de Teresina, Piauí, ainda está em fase de projeto. Em Goiânia e Vitória, as reformas estão paradas por ordem do Tribunal de Contas da União por causa de sobrepreço






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