OAB vai processar Funai por espancamento de idosa até à morte
De acordo com a entidade, a aposentada Maria Sirqueira de Queiroz, 87, foi espancada pelo índio Kayapó da aldeia Gorotire, localizada no município de Cumaru do Norte, no Pará, e acabou não resistindo às seqüelas.
Ela foi vítima de espancamento no último dia 2 de novembro, quando estava sentada em uma cadeira no quintal de sua casa, localizada ao lado da Funai.
Ela morava há mais de 40 anos em Redenção e tinha dois filhos, 12 netos e nove bisnetos.
Segundo um dos filhos da idosa, Adão Martins, durante o período em que sua mãe esteve internada, a direção da Funai não deu nenhum tipo de assistência à aposentada. Ele reclama que nem o índio que a espancou foi apresentado à polícia e que a Funai de Redenção continua negando, dizendo que o silvícola não faz parte de sua jurisdição, mas ao Núcleo de Apoio de Tucumã.
Ainda segundo Adão, no dia da agressão o índio estaria embriagado e aproveitou que a sua mãe se encontrava sozinha em casa para invadir a residência. “Ela ainda tentou se defender dele, mas não conseguiu”, diz.
O presidente da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, em Redenção, Gervásio Camilo afirmou que se não houver uma punição exemplar para o assassino da aposentada, poderão acontecer outros casos. Ele frisou que o índio que atentou contra a vida da aposentada está passivo de punição da mesma forma que um cidadão comum. “Ele possui título de eleitor e faz parte do convívio com a sociedade”, argumentou o advogado.
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