Polícia Civil do Pará investiga interdição de pista de pouso a mando de Filadelfo
A Polícia Civil da cidade de Castelo dos Sonhos, interior do Pará, instaurou um inquérito para apurar a denúncia que o empresário Filadelfo dos Reis Dias teria mandado interditar a pista de pouso das Empresas Curuá e Buriti Energia, localizada na BR 163 KM 877, na cidade de Altamira, usando toras de madeira.
O diretor da empresa Gaia Energia S/A, Mauricio Cury de Vecchi, relatou a ocorrência à Polícia Civil local e descreveu que haviam sete toras de madeira bloqueando o acesso a pista de pouso. O comunicante informou que foi até o escritório do engenheiro Alexandre Barbosa, responsável pela área, e que este teria revelado que a pista estava interditada a mando do “chefe” – a pessoa de Filadelfo Dias.
Vecchi revelou que a interdição foi motivada pela disputa judicial travada entre os empresários Filadelfo dos Reis Dias (Grupo Dias) e Fernando Frade Bertin (Grupo Bertin).
O depoimento do diretor indica que um acidente de grandes proporções não ocorreu devido à situação meteorológica, que impediu o pouso do local. Diante do mau tempo o piloto e co-piloto da aeronave decidiram realizar o pouso no aeroporto de Castelo dos Sonhos, que fica cerca de 10 minutos da pista de pouso das empresas citadas.
O depoimento mostra que a interdição ocorreu no último dia 3 de maio, data em que diretores e acionista do Grupo Bertin (de São Paulo) pousariam no local para entregarem documentos societários das empresas refentes a última Assembleia Extraordinária realizada em 29/04/2013.
Denúncias
A disputa judicial travada entre os grupos empresariais Bertin (São Paulo) e Dias (com sede em Mato Grosso) motivou o registro de uma escritura de declaração pública em cartório na qual os paulistas denunciam a prática de 23 irregularidades e apontam o empresário Filadelfo dos Reis Dias como o autor de desvios da ordem de mais de R$ 200 milhões.
Os diretores das empresas Curuá Energia S/A e Buriti Energia S/A, Luiz Carlos Gradella, e da Gaia Energia S/A, Maurício Cury, são os outorgantes da escritura. O documento foi registrado no dia 4 de abril desde ano, no 14º Tabelião de Notas Paulo Tupinambá Vampé, em São Paulo.
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