Rendimento real do trabalhador cresce 2,5% em um ano, aponta IBGE

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro cresceu 2,5% nas seis principais regiões metropolitanas do país, entre setembro do ano passado e setembro deste ano, ficando em R$ 1.115,00. Na comparação com agosto de 2007, porém, não houve variação significativa em setembro, após três meses consecutivos de queda.

As informações constam da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que, de janeiro a setembro deste ano, o rendimento médio real da população ocupada nas seis regiões ficou em R$ 1.123,66 – a maior média para o período desde 2003.

Segundo a pesquisa, o rendimento domiciliar per capita em setembro foi de R$ 706,22, uma alta de 0,7% em relação à agosto e de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados ficou em R$ 23,5 bilhões, um crescimento de 1,3% no mês e de 5,4% no ano.

Segundo o IBGE, nenhum grupamento de atividade teve variação significativa no mês no que se refere à taxa de pessoas ocupadas, mas quatro registraram aumento em comparação à setembro do ano passado. Tanto o de construção como o de serviços prestados às empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira tiveram alta de 5,4%.

O grupo educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social registrou crescimento de 4,9%. No de comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos, e comércio a varejo de combustíveis, o aumento foi de 3,2%.

No enfoque regional, as informações do IBGE indicam que, em relação a agosto, houve altas no Rio de Janeiro e em Porto Alegre (ambas, de 2,0%) e recuo em Recife (6,1%) e Belo Horizonte (1,9%). No ano, as altas ocorreram em Recife (2,6%), Belo Horizonte (1,4%), Rio de Janeiro (5,7%), São Paulo (1,4%) e Porto Alegre (3,5%). Apenas Salvador registrou queda, de 3,1%.