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Polícia Brasil
Quarta - 24 de Outubro de 2007 às 15:04

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Cinco estudantes, sendo dois casais de adolescentes e um homem de 21 anos, foram executados a tiros a 300 metros da escola onde estudavam ontem em Votorantim, interior de São Paulo. Outros três que estavam no mesmo grupo conseguiram escapar do massacre ao se fingirem de mortos. Os disparos foram feitos por dois homens, que segundo as testemunhas já chegaram atirando. A Polícia Civil acredita em execução, pois os tiros foram dirigidos para a cabeça das vítimas.

Todas as vítimas eram alunas da Escola Estadual Evilásio de Góes Vieira, no bairro Vossoroca, periferia de Votorantim. De acordo com a polícia, que está à procura de um suspeito da chacina, os jovens formavam casais de namorados e, ao invés de assistirem às aulas do período noturno, decidiram ir para uma área verde perto da escola. Por volta das 22 horas, dois homens de armas em punho surpreenderam o grupo e começaram a atirar. O menor S., de 17 anos, e a namorada se jogaram no chão e fingiram que estavam mortos, sobrevivendo aos disparos.

Ouvido hoje, S. disse aos policiais que estava escuro e não conseguiu ver o rosto dos atiradores, que usavam roupas escuras. Ele percebeu que a arma de um dos bandidos ainda falhou. As famílias optaram por fazer os velórios nas casas. Os corpos serão sepultados na manhã de hoje no Cemitério de São João Batista.

O delegado seccional de Sorocaba, André Moron, destacou uma equipe especializada da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para elucidar o crime. Ele acredita na hipótese de vingança contra um ou mais integrantes do grupo. "Foi uma chacina, uma ocorrência atípica para os padrões de violência da cidade." Nos últimos três meses, Votorantim tinha registrado apenas 1 homicídio. Segundo Moron, os estudantes não tinham envolvimento com a criminalidade.

O pai de uma das garotas mortas, o pedreiro Milton Vieira, disse que os estudantes eram "pessoas de família" e não faziam coisas erradas. Essa foi a terceira chacina deste ano no interior de São Paulo - houve outras 11 na capital e 9 na Grande São Paulo. O delegado não acredita que esse tipo de crime está se tornando comum no interior. "O que aconteceu em Votorantim está fora do padrão e pode ter sido até causado por um motivo banal."





Fonte: AE

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