Mercados: Cena externa puxa alta do dólar que sobe 0,89% e fecha a R$ 1,804

SÃO PAULO - Depois de encerrar no menor patamar em mais de sete anos, a moeda norte-americana recupera parte das perdas e retoma o patamar de R$ 1,80.

Na avaliação do diretor de câmbio da Corretora Pioneer, João Medeiros, o que mandou nos negócios hoje foi a queda nas bolsas norte-americanas e a alta dos preços do petróleo. A bolsa americana desandou e viemos junto. E o câmbio, na contraparte, sobe.

O dólar comercial chegou ao final do pregão negociado a R$ 1,802 na compra e R$ 1,804 na venda, alta de 0,89%. Na máxima, a moeda bateu R$ 1,806. Apesar da alta, o dólar começa a semana com perda de 0,16%.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM & F), a divisa encerrou com valorização de 0,98%, a R$ 1,8035, com volume financeiro de US$ 429,75 milhões. O giro interbancário somou US$ 3,1 bilhões.

No início do pregão, a moeda testou o território negativo, sendo negociada a R$ 1,781 na mínima. Mas a queda de mais de 2% em Nova York e de 3% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segurou o movimento de venda. Tecnicamente o dólar deveria estar abaixo de R$ 1,8 , avalia.

O Banco Central (BC) deu continuidade à estratégia de intervenções diárias e no final da sessão aceitou quatro das oito propostas feitas durante o leilão de compra. A taxa aceita pela instituição foi de R$ 1,803.

Medeiros indica que o Banco Central atua com segurança e que a postura da autoridade monetária é irrepreensível, mas o fato é que continuam entrando recursos de forma massiva no país.

Historicamente, diz o diretor, o Brasil precisa cumprir com obrigações externas de US$ 50 bilhões por ano. O saldo comercial deve encerrar positivo em US$ 40 bilhões, o investimento direto deve somar outros US$ 30 bilhões e as remessas de brasileiros mais US$ 7 bilhões. Sobra, no mínimo, US$ 27 bilhões. O país começa 2008 com caixa confortável. O Brasil nesta área de moeda é uma baita empresa.