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Internacional
Sexta - 05 de Outubro de 2007 às 18:08

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KINSHASA - O presidente da República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), Joseph Kabila, demitiu o ministro dos Transportes do país nesta sexta-feira, 5, dia em que o número de mortos em um acidente aéreo na quinta-feira foi revisto para mais de 50.

Mas autoridades do país anunciaram que um mecânico congolês a bordo do avião cargueiro de fabricação russa que caiu em Kinshasa na quinta sobreviveu ao acidente. Autoridades haviam dito que todas as pessoas a bordo estavam mortas.

O Congo possui um dos piores históricos de segurança aeroviária do mundo.

O ministro congolês dos Transportes, Remy Henri Kuseyo Gatanga, "foi demitido por ser incapaz de organizar o setor aéreo", disse em Kinshasa (capital) o porta-voz da Presidência, Kudura Kasongo.

A decisão veio a público depois de o gabinete de governo ter se reunido para discutir a questão da segurança aérea. O avião caiu sobre um bairro densamente povoado de Kinshasa.

Em meio a um clima de indignação generalizada em virtude da série de desastres aéreos ocorrida no país, o Ministério dos Assuntos Humanitários elevou para 51 o número de mortos no acidente. Segundo o órgão, 25 pessoas ficaram gravemente feridas.

"Sabemos que há um sobrevivente no hospital. Ele é o mecânico (do avião)", disse Saleh Kinyongo, porta-voz do ministério.

No bairro sobre o qual caiu a aeronave, os policiais encontravam dificuldades para manter afastados os curiosos e saqueadores, contaram testemunhas.

As testemunhas disseram também que a polícia prendeu vários jovens que tentaram retirar pedaços de metal, partes de motor e outros objetos do local dos destroços.

Regulamentação

O gabinete de governo do Congo deve procurar formas de tornar mais rígidas as regulamentações aéreas existentes atualmente, incluindo uma melhoria no sistema de inspeção e penalidades mais duras para os que violem as normas.

Havia 20 passageiros e três tripulantes no avião bimotor Antonov 26 quando o aparelho caiu sobre casas do bairro de Kingasani pouco depois de ter levando vôo do aeroporto internacional Ndjili.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o piloto, o co-piloto e o engenheiro de vôo mortos no acidente eram todos de nacionalidade russa.

O número de vítimas fatais deve elevar-se ainda mais à medida que outros moradores de Kingasani registrarem o desaparecimento de parentes.





Fonte: Reuters

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