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Nacional
Sexta - 28 de Setembro de 2007 às 16:05

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"Como o aluno é menor de idade, ele receberá medidas socioeducativas, o que não deixa de ser uma forma de repreender as atitudes dele. O caso não vai ficar por isso mesmo. As medidas educativas variam, mas podem ser desde um acompanhamento terapêutico, até a liberdade assistida", disse ao G1 o promotor.

O estudante, que procurou a direção pedagógica da escola na quarta-feira (26) para confessar ser o autor das ameaças, será submetido a testes psicológicos, psicoterapêuticos e pedagógicos para que seja definida qual é a melhor medida a ser tomada.

De acordo com Scorel, o jovem já foi ouvido pela promotoria e afirmou estar arrependido do que fez. "Ele contou que sofre bullying há cerca de três anos e que fez isso para chamar a atenção da escola para tentar diminuir seu sofrimento. Ele era vítima de violência psicológica e também física, pois uma das formas de intimidação que ele sofria era um apelido", disse.

Entenda o bullying escolar

Ainda segundo o promotor, o estudante disse que não esperava tanta repercussão do caso. "Quando ele viu que a situação saiu do controle, que tomou uma proporção maior do que ele esperava, ele quebrou as armas [que eram de brinquedo] e as jogou fora. De fato, a polícia encontrou as armas no local onde ele disse que havia jogado", afirmou.

"Temos que investigar sem perder o foco do assunto. O bullying é muito sério. É a primeira vez que temos um caso assim aqui [em João Pessoa], mas acho que existem muitos outros casos. Temos que começar uma campanha contra o bullying", afirmou o promotor.

Cartas anônimas

O aluno começou a ameaçar a escola em julho por meio de cartas anônimas. Ele dizia ser vítima de bullying (intimidação escolar) e queria providências da direção da escola.

Além das cartas, em um dos relatos em uma página do site de relacionamentos Orkut, que foi retirada do ar, o jovem dizia que o bullying toma conta da instituição e que é "insuportável a falta de respeito entre colegas que se dizem amigos". Em uma comunidade do mesmo site, o jovem afirma que fez uma proposta à escola, mas que ela não foi colocada em prática. "Se o colégio não cumprir o que informei, irei recorrer a [sic] violência sob qualquer circunstância (...). Possuímos armas automáticas e semi-automáticas e pistolas .45 que estaremos prontos para usar caso o projeto não for [sic] colocado em prática urgente".

O colégio chegou a realizar um trabalho e coordenadores passaram de classe em classe explicando o que era bullying e pedindo que as vítimas procurassem a direção e apontassem os autores das agressões.

Segundo Sônia Maria Figueiredo dos Santos Lima, vice-diretora e coordenadora pedagógica do colégio, a escola não conseguiu resolver o problema e, como as ameaças continuaram, eles pediram ajuda à polícia, instalaram detectores de metal e reforçaram a segurança.





Fonte: G1

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