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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 07 de Maio de 2013 às 20:17

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Reprodução
Os fiscais da Superintendência Regional do Trabalho constataram irregularidades durante vistoria nos alojamentos de uma empresa que presta serviços para a CAB Ambiental, concessionária de água e esgoto em Cuiabá. Cerca de 50 trabalhadores denunciaram que estão vivendo em condições análogas à escravidão. Eles estão em uma casa cuja varanda foi fechada com tapume de construção e transformada em alojamento, onde foram colocados seis beliches.


 
O proprietário da empresa prestadora de serviços à concessionária de água e esgoto negou as irregularidades na contratação e no alojamento dos empregados. A diretoria da CAB Cuiabá informou que apura a denúncia de irregularidades trabalhistas e que se elas forem confirmadas, a empresa envolvida pode ser até afastada. A maioria dos funcionários veio da Bahia.


 
O resultado preliminar da fiscalização apontou que o alojamento da empresa está com problemas nos banheiros, como falta de chuveiro elétrico e vasos sanitários sem descarga.Os fiscais também constataram que funcionários que ficaram doentes não tiveram assistência adequada e ainda ficaram com os dias descontados dos salários.Além disso, alguns trabalhadores estariam com desvio de função: foram contratados como ajudantes, mas ma prática, exerciam funções como de pedreiro e encanador.


 
Os fiscais solicitaram a regularização imediata das condições do alojamento à empresa. Será necessário instalar ventiladores, trocar os colchões, fornecer roupas de cama,e, pelo menos, mais um uniforme para cada trabalhador.


 
"A promessa que a gente teve era de que se tratava de uma empresa padronizada e ia dar todos os direitos para nós. Por isso, saímos da nossa cidade e viemos iludidos. Nada do que foi combinado, está sendo cumprido", reclamou o ajudante de pedreiro, Fábio dos Santos.


 
De acordo com os operários, materiais de higiene e limpeza são vendidos. Um copo plástico de sabão em pó, por exemplo, custaria um real. No final de cada mês, o valor é descontado dos salários.


"Quando a gente quer comprar qualquer coisa aqui, um copo de sabão em pó, por exemplo, custa R$ 1 e de detergente é R$ 2", pedreiro Everaldo Jesus.




Fonte: Do G1 MT

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