Salário mínimo e queda nas receitas derruba superávit do governo central

O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fez no mês passado uma economia de R$ 4,822 bilhões para o pagamento de juros. O valor é 66,6% que o registrado no mês anterior (R$ 14,417 bilhões). De acordo com o Tesouro Nacional, essa queda é justificada porque a receita foi menor e o déficit da Previdência foi maior devido ao aumento do salário mínimo.

Em abril, há uma arrecadação elevada por conta do pagamento da cota única ou primeira cota do Imposto de Renda da Pessoa Física. Já o salário mínimo foi elevado de R$ 350 para R$ 380. Houve também a correção acima da inflação dos benefícios acima do piso do mínimo.

O Tesouro apresentou um superávit de R$ 8,210 bilhões que compensou os déficits de R$ 3,349 bilhões da Previdência e de R$ 38,7 milhões do Banco Central.

As receitas do Tesouro somaram R$ 37,290 bilhões, valor quase R$ 7 bilhões inferior ao mês de abril. As receitas totais somaram R$ 48,230 bilhões. As transferências a Estados e municípios somaram R$ 9,423 bilhões.

Por outro lado, as despesas chegaram a R$ 33,984 bilhões, uma elevação de 6,3% em relação ao mês de abril.

No acumulado do ano, o superávit é de R$ 38,619 bilhões, o equivalente a 3,86% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor representa um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado.