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Segunda - 14 de Maio de 2007 às 16:26

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O prefeito Wilson Santos participou da reunião com os representantes do Fórum Pró-Ferrovia, na tarde desta segunda-feira, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), com o objetivo de cobrar empenho da bancada mato-grossense no Congresso para questões que envolvem a chegada dos trilhos da ferrovia a Cuiabá. “Foram cuiabanos que lutaram por ela, não faz sentido chegar até Rondonópolis e não vir à Capital do Estado, onde está o pólo econômico e o maior arrecadador de ICMS (Imposto sobre Comercialização de Mercadoria e Serviços), mais de R$ 1 bilhão ao ano”.

Santos pontuou ainda que neste momento é preciso haver união de forças, para que governo estadual, município e parlamentares atuam unidos em nome de uma mesma causa. “Fiquei, na verdade, surpreso pelo presidente Lula anunciar no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) apenas o trecho da rodovia, sem incluir Cuiabá. É um equívoco muito grande que precisa ser corrigido, até porque o plano não prevê apenas recursos públicos, mas privados”.

Na Capital, onde vão se instalar duas indústrias de biodiesel, sendo uma delas com data prevista para agosto deste ano, e ainda mais quatro indústrias de esmagamento de soja, a ferrovia pode baratear em até 50% o preço dos fretes. “Dizer que ela não trará benefícios é miopia. A ferrovia gera emprego, renda, abre portas para novas empresas virem para Cuiabá, também agrega valor ao nosso produto local, pois o custo do frete é bem mais em conta, se comparados com o rodoviário”.

Segundo o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, o vereador Francisco Vuolo, a reunião debaterá três pontos específicos. O primeiro diz respeito à necessidade de inserção no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) de investimentos para o trecho da ferrovia que liga Rondonópolis a Capital do Estado. A segunda diz respeito ao estabelecimento de prazos para o cumprimento de etapas das obras e, por último, a criação de um agente regulador dos preços praticados pela empresa que detém a concessão pública. “O problema é que não há uma regra que estabeleça critérios para a conclusão de trechos da obra em tempo específico, o processo pode ficar sem conclusão durante anos”.

A concessão foi aberta em 1985, durante o governo do presidente José Sarney, para o período de 90 anos prorrogáveis por mais cinco. A primeira concessionária pertencia ao grupo Itamaraty, do empresário Olacyr de Moraes. Após passar por várias administrações, o controle das obras foi assumido no final de 2006 pela América Latina Logística (ALL). A empresa detém 20 mil quilômetros de linhas ferroviárias na América Latina.





Fonte: 24Horas News

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