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Nacional
Segunda - 14 de Maio de 2007 às 12:13

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Os bons resultados do emprego industrial em março e no acumulado do primeiro trimestre do ano refletem a reação da atividade do setor a partir do quarto trimestre do ano passado, segundo avalia a economista Denise Cordovil, da coordenação de indústria do IBGE. "Há uma melhora no cenário econômico, o ambiente mais favorável para a produção está beneficiando também o emprego", disse.

O IBGE divulgou hoje um aumento de 0,4% na ocupação na indústria em março ante fevereiro - a terceira expansão consecutiva ante mês anterior - e de 1,7% ante março de 2006, a maior variação apurada nessa base de comparação desde maio de 2005. "O emprego está dando mais sinais de que está se recuperando", observou Denise.

Ela salientou que as principais contribuições para a expansão do emprego na indústria foram dadas, em março, pelos segmentos de alimentos e bebidas (refletindo exportações e expansão da renda, com maior demanda no mercado interno); produtos de metal (sob impacto do maior ritmo de atividade na construção civil) e meios de transporte (com as vendas de veículos, no mercado interno, impulsionadas pelo crédito).

Em sentido contrário, permanecem os segmentos que vêm sendo negativamente afetados pelo câmbio, como calçados, vestuário, artigos de couro e madeira. Esses segmentos também são os mais intensivos e mão-de-obra e registram persistente queda na ocupação, o que tem impedido uma recuperação mais vigorosa do mercado de trabalho industrial.

Denise destacou, no desempenho da ocupação industrial em março, o aumento de ritmo de expansão do emprego no setor do quarto trimestre do ano passado (0,6% ante igual período de 2005) para o primeiro trimestre deste ano (1,2% ante igual trimestre de 2006).

Segundo ela, a melhoria nos dados de emprego do setor está sendo liderada pelo Estado de São Paulo, que responde por 40% do total da ocupação industrial do País e aumentou o número de ocupados em 2,7% em março ante igual mês do ano passado.

Salários

A queda de 3,7% na folha real de pagamento da indústria em março ante fevereiro não revela nenhuma reversão da tendência de recuperação nos salários do setor, esclareceu a economista do IBGE. Ela explicou que nos dois primeiros meses do ano a folha é "inflada" pelo pagamento de benefícios como férias e distribuição de lucros e, por isso, houve aumento de 13,0% na folha em janeiro e fevereiro, com acomodação em março.

Ela observou que o índice de média móvel trimestral, que mostrou aumento na folha de 2,7% no trimestre encerrado em março ante o terminado em fevereiro, confirma que a tendência é de alta.

Na comparação com março do ano passado a folha expandiu 3,7% e, também neste caso, o maior impacto regional foi dado por São Paulo (1,5%). Em termos setoriais, as principais contribuições positivas para a folha foram dadas por alimentos e bebidas (9,1%), meios de transporte (3,7%) e indústria extrativa (13,7%).





Fonte: AE

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