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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 10 de Maio de 2007 às 22:36

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Com R$ 250 no bolso, uma bicicleta modelo feminino e muita devoção a Nossa Senhora Aparecida, o potiguar Nason Alves de Lima, 27 anos, resolveu cruzar o Brasil para pagar uma promessa, em três etapas. Pela segunda vez - a primeira foi em 2004 - ele saiu da cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, e percorreu cerca de 2,9 mil km, até chegar a Aparecida, no interior de São Paulo. O percurso foi feito em 35 dias.

Desta vez, além da visita ao Santuário Nacional, ele está ansioso por ver de perto o papa Bento XVI. A promessa, que envolve familiares, não pôde ser revelada. Assim que o papa deixar Aparecida, ele pretende fazer o mesmo trajeto, de volta. Lima ainda pretende fazer pela terceira vez o caminho, em data não definida. Na última viagem, quer dar uma volta pelo Brasil, incluindo a Amazônia no seu roteiro.

Quinto filho de uma família de oito irmãos, Lima tem os pais vivos, que, em toda vez que ele viaja, ficam apreensivos. "Eles dizem que é muito perigoso, mas torcem para que dê tudo certo", disse.

"Eu já tinha feito este trajeto em 2004, mas desta vez não consegui segurar o choro. Chorei muito nos quilômetros finais", afirma o peregrino. Pelo caminho, o rapaz disse que conheceu muita gente boa, foi ajudado de diversas maneiras, e teve uma rede, utilizada para dormir, furtada.

"Atravessar o Brasil é uma coisa que não tem explicação. É um País maravilhoso. Dois momentos me tocaram muito durante o caminho. A visita ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e a vista panorâmica da cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais", disse.

Quando subiu ao pico de Ibiturama, Lima ouviu que a cidade tinha o formato de uma guitarra. "E não é que tinha mesmo?. A visão que eu tive era uma guitarra aos meus pés", afirmou.

De acordo com Lima, o dinheiro acabou quando ele estava na divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro. "Daí para a frente, eu contava a minha história e sempre era ajudado por alguém, principalmente nos postos de gasolina. Comida e um canto para dormir nunca faltaram", diz.

Na bagagem ele trouxe um colchonete, três bermudas, cinco camisetas e um cobertor, além de um par de luvas de lã. "É suficiente. Não dá para trazer muito peso. Além disso, trago comigo algumas ferramentas para consertar a bicicleta." Ele afirma ter um mapa de papel na sua bolsa, mas diz ser desnecessário. "Já tenho todo o trajeto na cabeça", afirmou.

No caminho, ele precisou trocar apenas um pneu, que estourou na cidade de Paulo Afonso, na Bahia. "Foi legal. Assim deu para gastar menos", disse.




Fonte: Terra

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