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Cidades/Geral
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 22:54

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Na tarde desta quarta-feira (09), o prefeito da capital, Wilson Santos, anunciou que está totalmente descartada a implantação de radares e lombadas eletrônicas em avenidas e ruas de Cuiabá durante o seu governo. Ele justificou que existem alternativas mais viáveis para coibir os índices de acidentes de trânsito, como adequações viárias, sinalização horizontal, vertical e semafórica, além de campanhas educativas e publicitárias de conscientização.

Santos disse ainda que pesa sobre o tema certa insegurança jurídica. Também cobrou do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) mais investimentos para a melhoria do trânsito de Cuiabá, por onde circulam todos os dias pelo menos 200 mil veículos. "Não questiono o método, que pode até funcionar em outras cidades, mas não adianta investir em todo processo de montagem e compra dos equipamentos, multar os motoristas infratores, para depois a Justiça anular tudo".

A proposta do prefeito é discutir o assunto com a sociedade. O retorno imediato dos radares eletrônicos surgiu a partir da posse do novo presidente do Detran de Mato Grosso, Teodoro Lopes, o Dóia. Além de acreditar na eficácia dos pardais, como são conhecidos, ele estipulou até julho para a volta deles. "Ainda não houve nenhum solicitação formal nesse sentido à prefeitura, mas adiantamos que negaremos qualquer alvará de funcionamento nesse sentido", disse o secretário da Secretaria de Trânsito e Transportes da Capital, Oscar Soares.

Ele explicou que os investimentos próprios da prefeitura em sinalização ultrapassaram R$ 1 milhão no ano passado. Foram mais R$ 850 mil em adequações viárias, como a que aconteceu no cruzamento entre as avenidas Carmindo de Campos e Tancredo Neves, bairro Despraiado. Mais R$ 100 mil serviram para promover blitz educativas, palestras, material panfletário e campanhas continuadas. A mídia publicitária contou com recursos de R$ 258 mil.

Para este ano, está prevista a troca de 37 conjuntos semafóricos (de um total de 98), em 62 cruzamentos, com investimentos de R$ 1,4 milhão. A iniciativa renderá uma economia de até 70% em energia elétrica, além de necessitarem de baixa manutenção técnica, pois utilizam lâmpadas digitais. Mais modernos, eles têm controladores de tempo regressivo, que serão administrados a partir de uma sede dentro da SMTU. "Pretendemos colocar em prática a onda verde, ou seja, manter todos os sinais abertos para melhorar a fluidez de avenidas, como Getúlio Vargas, Isaac Povoas, Prainha, Fernando Correia e CPA", informou o secretário.

Readequações

Um relatório especial, contendo 24 projetos de adequação viária foi sistematizado, pela primeira vez, por profissionais da SMTU, sendo que uma das obras já foi colocada em prática. A rotatória do Recanto dos Pássaros, na avenida Arquimedes Pereira Lima - conhecida como estrada do Moinho, e contou com investimentos de R$ 150 mil. Foram 5 mil metros quadrados entre pavimentação, drenagem, urbanização, iluminação e sinalização vertical e horizontal. O novo formato geométrico comporta um fluxo maior de veículos, pois hoje a via atende cerca de 10 bairros.

Também devem passar por readequação as avenidas Fernando Corrêa, em diversos trechos, entre eles o cruzamento com a avenida Beira Rio e o acesso à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde uma nova reorganização viária pretende evitar congestionamentos em horários de pico e aumentar a segurança dos motoristas e pedestres. O mesmo acontecerá no cruzamento entre as avenidas Miguel Sutil e Jurumirim (Gráfica Atalaia) e acesso ao Parque Mãe Bonifácia. A execução dos 24 projetos prevê recursos de R$ 6 milhões, com parceria do Ministério das Cidades.

Radares

A proibição dos radares surgiu a partir de decisão liminar assinada por um juiz plantonista da 2ª Vara Fazendária Pública da Capital no ano de 2000. Na ação popular movida contra a Prefeitura de Cuiabá, questionou-se especialmente a legalidade do contrato entre o município e uma empresa prestadora de serviço de Santa Catarina, vencedora da licitação. Na época, cerca de 30 radares e lombadas eletrônicas já estavam autorizados a funcionar, mas acabaram desativados.

Os radares ou lombadas eletrônicas informam digitalmente a velocidade dos veículos e os sensores são instalados nos semáforos para coibir o avanço do semáforo fechado. A reclamação dos condutores é de que faltava sinalização na cidade que indicasse a presença dos equipamentos.





Fonte: RMT On Line

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