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Internacional
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 20:22

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Altos comandantes do Pentágono pediram hoje ao Congresso que mantenha aberta a base americana de Guantánamo em Cuba, já que, ao contrário, atrasaria as diferentes batalhas legais dos cerca de 385 prisioneiros que estão no centro.

O subsecretário adjunto de Defesa em segurança internacional dos Estados Unidos, Joseph Benkert, e o chefe da prisão na base naval de Guantánamo, o contra-almirante Harry Harris, entre outros, compareceram hoje na subcomissão de Dotações da Câmara de Representantes.

Benkert explicou aos membros da subcomissão que levaria cerca de três anos para conseguir penas para entre 50 e 60 prisioneiros identificados como suspeitos de terrorismo nos tribunais militares.

Outros do total de 385 prisioneiros na base também demorariam vários anos em obter a liberdade ou ser transferidos à custódia de seus países de origem, acrescentou Benkert.

O presidente americano, George W. Bush, e o secretário de Defesa, Robert Gates, se mostraram favoráveis a fechar a base americana.

No entanto, Benkert afirmou que nem o presidente nem o secretário "disseram que ela será fechada amanhã" e advertiu que não há instalações para receber todos os prisioneiros.

Dois legisladores democratas apresentaram hoje um projeto de lei no qual solicitam que a prisão seja fechada.

Em seu comparecimento, os dois altos oficiais também ressaltaram que 95% dos detidos estão relacionados com a organização terrorista Al Qaeda, aos talibãs ou seus associados, e que cerca de 70% participaram de ataques contra os EUA ou as forças da coalizão.

"Nossos críticos dirão que aqueles que retemos são agricultores ou cozinheiros, mas se vocês virem os relatórios que são segredo de Estado, contam uma história diferente", afirmou Benkert.

No dia 2, a Corte Suprema dos EUA decidiu que não se pronunciará sobre a apelação de alguns detidos no campo de concentração de Guantánamo que entraram com ações após ficarem mais de cinco anos detidos.

Com a divergência de três de seus nove magistrados, o máximo tribunal dos Estados Unidos indicou que não se pronunciará sobre a constitucionalidade de certas partes de uma lei antiterrorista aprovada no ano passado pelo Congresso.

Outros dois disseram que desejam ver como funciona o procedimento estipulado pela Lei de Tratamento de Detidos, aprovada no ano passado quando o Congresso tinha maioria republicana e que foi promulgada pelo presidente George W. Bush.

Tal lei prevê que os prisioneiros definidos pelo poder Executivo como "combatentes inimigos" não têm direito a habeas corpus, ou seja, não podem questionar sua detenção nos tribunais civis.




Fonte: EFE

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