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Polícia Brasil
Quarta - 09 de Maio de 2007 às 08:49
Por: Adilson Rosa

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O advogado Norton César Ferreira, de 43 anos, foi morto com um tiro na testa disparado pelo próprio irmão, o policial civil Edgar Ferreira Jr., de 45. O crime ocorreu anteontem à noite, num apartamento do CPA III, onde os dois irmãos moravam há mais de 10 anos.

v Os dois estariam sob efeito de drogas e, após uma discussão banal, o policial sacou a arma e atirou no irmão. O disparo atingiu o advogado na testa, matando-o instantaneamente.

Dependente químico há mais de 10 anos, o policial confirmou estar drogado desde sábado. Desde então, disse que não se alimentava, tendo ingerido também álcool. “A arma disparou. Não iria matar nunca meu irmão”, relatou o policial. O tiro chamou a atenção de vizinhos, que acionaram a Polícia Militar.

No entendimento dos policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com tanta droga na cabeça, Edgar já estaria tendo alucinação e não teria visto mais nada. A partir daí, ele não sabia mais distinguir o que via pela frente.

“O Edgar estava alucinado mesmo. Alguém teria batido à porta e ele pediu para o irmão não abri-la. Em seguida, o policial seguiu até o quarto”, explicou o delegado Roberto Amorim, responsável pelas investigações.

Uma vez no quarto, Edgar teria discutido com o irmão e apanhado o revólver. Ao se virar, atirou. Na seqüência, ele foi se sentar no sofá e, minutos depois, quando os policiais chegaram, encontraram-no esperando.

O delegado Dinelson Pires, de plantão na Delegacia do Complexo do Planalto, foi o primeiro a chegar ao apartamento. O policial, então, lhe entregou a arma - um revólver da Polícia Civil, duas trouxinhas de droga - uma de maconha e outra de pasta-base -, além de uma pistola 635mm sem munição.

O policial, então, foi levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e autuado em flagrante por homicídio. Policiais plantonistas disseram acreditar na versão do colega, que afirmou ter atirado acidentalmente.

“Tudo aponta para a versão do policial (que acredita ter atirado sem querer). A trajetória da bala indica isso”, explicou o delegado Márcio Pieroni, titular da DHPP.

Lotado na Delegacia Municipal de Acorizal (cidade próxima à Capital), ele trabalhou no sábado à noite fazendo o policiamento de uma festa local. No domingo, retornou para Cuiabá, mas desde sábado fazia uso de drogas, não tendo saído mais de casa.

O policial disse que tentou se tratar de dependência química, mas o alto custo do tratamento o desencorajou. Lembrou que, por aqui, não conseguiu vaga em lugar algum. No interior de São Paulo, deveria pagar R$ 800, de um salário de R$ 900. Então, desistiu e voltou para Cuiabá. Após ficar dois anos e meio afastado, por causa de uma paralisação no braço esquerdo, os médicos o obrigaram a voltar ao trabalho.





Fonte: Diário de Cuiabá

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