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Economia
Segunda - 07 de Maio de 2007 às 08:00
Por: Neila Baldi

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As vendas externas de carne suína cresceram mais de 40% no acumulado do ano, segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). De acordo com o levantamento da instituição, de janeiro a abril o País exportou 180,2 mil toneladas, volume 40,56% superior às 128,2 mil toneladas do mesmo período do ano passado, perfazendo uma receita de UD$ 341,69 milhões, 46,5% a mais que os US$ 233,4 milhões no primeiro quadrimestre de 2006.

No mês de abril, foram 61,6 mil toneladas caracterizando uma forte recuperação das exportações de carne suína. O volume de abril permite reconfirmar a estimativa inicial da Abipecs que previa exportações em 2007 muito próximas as de 2005, recuperando a queda do ano passado, resultado dos embargos de diversos países, devido ao foco de febre aftosa em bovinos de Mato Grosso do Sul e suas conseqüências no Paraná.

Todos os principais destinos apresentaram crescimento. O destaque continua sendo a Rússia com volume de 33 mil toneladas caracterizando exportações recorde de diversas empresas do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, únicos dois estados da Federação liberados para exportar para aquele país. Esses dois estados ampliaram suas instalações no sentido de eliminarem gargalos à produção, além de remanejarem seu foco comercial para a exportação destinada à Rússia, deixando outros países e o mercado interno para os demais Estados.

A Sessão Geral do Comitê Internacional da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), que será realizada em Paris nos próximos dias 21 a 25 de maio, deve avaliar o novo status sanitário de Santa Catarina, quando se espera a aprovação como livre de febre aftosa sem vacinação. Será a primeira região do Brasil a atingir o objetivo de erradicação da doença, oferecendo impulso à abertura de novos mercados ainda com restrições devido à questão sanitária.

Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, aguarda-se para muito breve a abertura do mercado chileno que vinha há anos exigindo o fim da vacinação em bovinos para liberar as importações de carne suína.

Missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a ser realizada no mês de junho ao México deve oferecer novo impulso a abertura daquele país. Missões das autoridades sanitárias do Japão e da União Européia ao Brasil devem ocorrer ainda no segundo semestre de 2007, também oferecendo amplas possibilidades para o crescimento das exportações no médio prazo.





Fonte: InvestNews

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