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Internacional
Domingo - 06 de Maio de 2007 às 17:14

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O conservador Nicolas Sarkozy, da União por um Movimento Popular (UMP), já seria o novo presidente da França, em substituição de Jacques Chirac, ao ter vencido a socialista Ségolène Royal com 53,5% dos votos, segundo pesquisas boca-de-urna divulgados hoje na Suíça e Bélgica. Pela lei, não é permitida a divulgação deste tipo de levantamento antes do resultado oficial.

A ATS afirmou que "segundo uma estimativa realizada pelo Ministério do Interior" francês, o candidato da direita francesa teria obtido 53,5% dos votos, contra 46,5% de seu adversário socialista. Já a estação belga RTBF e o jornal Le Soir noticiaram em seus websites que estimativas não oficiais mostravam Sarkozy derrotando a socialista Segolene Royal com folga.

A agência suíça informou também, citando fontes próprias, que estimativas internas no Partido Socialista francês e da UMP, os respectivos partidos de Royal e Sarkozy, "dão como vencedor" o candidato conservador com 54% dos votos. Mencionam também outra pesquisa realizada pelo instituto de opinião francês BVA, no qual a correlação de forças está em 53% para Sarkozy e 47% para Royal.

A participação no segundo turno das eleições presidenciais na França era de 75,11% 3 horas antes do fechamento dos últimos colégios eleitorais, um número superior ao 73,87% registrado na mesma hora no primeiro turno, realizado em 22 de abril.

A porcentagem dos que tinham ido às urnas às 17h (12h de Brasília) para escolher o próximo chefe do Estado entre o conservador Nicolas Sarkozy e a socialista Ségolène Royal era também superior aos registrados na mesma hora no segundo turno das presidenciais de 2002, 1995, 1988 e 1981.

Já ao meio-dia, quatro horas depois do início das votações na França metropolitana, a participação era de 34,11%, taxa que tinha sido superada uma vez na história em um segundo turno de presidenciais na França, em 1974.

O candidato conservador francês, Nicolas Sarkozy, votou ao meio-dia (7h de Brasília) em Neuilly sur Seine, nas cercanias de Paris, acompanhado por suas duas enteadas e sem sua esposa, Cecilia. Já a socialista Ségolène Royal, que quer se tornar a primeira presidente da França, votou em torno das 12h30 locais (7h30 de Brasília) em seu feudo de Melle (centro-oeste).

Sarkozy, ex-ministro do interior de 52 anos de idade, prometeu reformas para fazer a França trabalhar mais, combater o crime e cortar o desemprego. Royal, líder regional de 53 anos, afirma que criará empregos, mas mantendo um generoso sistema de ajuda social.

As pesquisas de opinião dão a Sarzkozy, filho de um imigrante da Hungria, 10 pontos de vantagem sobre Royal na corrida pela sucessão do conservador Jacques Chirac, que ficou 12 anos no cargo.

O vencedor herdará uma sociedade fraturada e frágil, que necessita de reformas econômicas e uma dose de autoconfiança, mesmo em um país que é potência nuclear, tem um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e é a segunda maior economia da região do euro.

A eleição marca uma mudança geracional com a saída de Chirac, 74 anos, mas ainda não se sabe o quanto a França está disposta a mudar. "Segolene Royal é uma mulher que reinventou a maneira de se fazer política, com vontade de envolver os cidadãos", disse Lilian Charlet, 47 anos, na cidade de Rennes, no oeste da França.

Mas Marie-France Dias de Lima, 33 anos, que votou em Sarkozy em um subúrbio rico da zona oeste de Paris, disse: "Prefiro ter alguém que se concentre na economia do que alguém que se concentre em problemas sociais."

As pesquisas de opinião com a indicação inicial dos resultados devem ser divulgadas logo depois do encerramento da votação, às 20h locais (15h de Brasília). Resultados oficiais parciais devem sair em seguida.

Poder

O presidente é eleito para mandato de cinco anos, é o comandante das forças armadas, nomeia o primeiro-ministro, tem o direito de dissolver a Assembléia Nacional e é responsável pelas políticas de Defesa e Exterior.

Sarkozy teve quase 31,2% dos votos no primeiro turno e Royal, quase 25,9%. A campanha para o segundo turno concentrou-se em tentar atrair simpatizantes do centrista Francois Bayrou, que ficou em terceiro, com mais de 18%.

Bayrou disse que não apoiará Sarkozy e o quarto lugar, Jean-Marie Le Pen, veterano líder de extrema direita, incentivou a abstenção.

Sarkozy não fez declarações ao votar, ao som dos gritos de simpatizantes de "Sarkozy para presidente." Royal sorriu quando votou, também sob gritos de "Royal para presidente."

Ela propõe uma combinação de políticas econômicas de esquerda com posição de consenso em assuntos sociais para um pacote de reformas de "mudança sem brutalidade".

Sarkozy, considerado o favorito da comunidade comercial, prometeu incentivar a economia para aumentar o consumo, o crescimento anual em cerca de dois por cento, e reduzir o desemprego, estimado em pelo menos 8,3%.

Royal afirma que uma vitória de Sarkozy pode provocar violência nos subúrbios onde ele é impopular e onde jovens fizeram protestos em 2005.

A equipe de campanha de Sarkozy rejeitou as acusações e apresenta Royal como uma política sem experiência e sujeita a cometer gafes, que não disse onde encontrará financiamento para as políticas sociais.

Nenhum dos candidatos deverá afastar-se das políticas externas de Chirac, mas Sarkozy é considerado mais próximo dos Estados Unidos e é contra a candidatura da Turquia à UE.





Fonte: Terra

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