Oposição se antecipa e rastreia presidentes da Infraero durante gestão FHC
O deputado negou que a intenção seja fazer um acordo com os governistas caso o PSDB encontre irregularidades na Infraero no governo FHC.
"Nós queremos evitar a armadilha de achar que toda vez em que se pretende investigar o governo se diz que isso já existia no governo passado. Queremos ter um diálogo [com a base aliada], mas não um acordo para restringir as investigações."
O partido já levantou informações preliminares sobre os presidentes da Infraero de 1998 a 2002. Nessa lista estão os brigadeiros Adyr Silva (98), Eduardo Bogalho Pettengill (1998 a 2000), além de Fernando Perrone (2000 a 2002), primeiro civil a presidir a empresa e Orlando Boni (02). "Se tiver problema vamos investigar. O levantamento é para sabermos os fatos polêmicos que ocorreram na gestão de cada um dele", disse Fruet.
Estratégia
Fruet apresentou ao presidente da CPI, Marcelo de Castro (PMDB-PI), uma sugestão de cronograma de trabalho que prevê inicialmente a requisição de documentos produzidos pela PF sobre o acidente com o avião da Gol, além dos relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e de documentos de entidades ligados ao setor sobre a crise aérea.
A fase de apuração dos contratos da Infraero, na opinião do deputado, deve ficar para o final das investigações. A oposição suspeita que os contratos da empresa principalmente com agências de publicidade podem ter sido superfaturados para sustentar campanhas políticas na gestão de deputado Carlos Wilson (PT-PE).
Na época em que presidia a Infraero o deputado era filiado ao PTB, por isso os oposicionistas não descartam que a empresa pode ter sido fonte do esquema do mensalão. O PTB foi um dos partidos que se envolveram no escândalo.
Segundo a Folha Online apurou, a idéia de deixar para o final essa fase das investigações é estratégica. Os tucanos estão certos de que o clima ainda está muito acirrado na CPI e é preciso ter sustentação técnica para justificar o avanço das investigações.
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