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Educação/Vestibular
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 10:53

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A educação especial cresceu consideravelmente na rede estadual de ensino, conforme aponta os dados do Censo Escolar 2006. No ano passado, o Estado aumentou em 28,91% o número de unidades escolares, o que corresponde a aproximadamente 309 alunos a mais atendidos pela rede. Neste ano, o aumento no número de alunos veio acompanhado do aumento do gasto per capita, que era de R$ 82,00, para R$ 92,00. O valor do repasse previsto para 2007 às instituições filantrópicas é de R$ 4,77 milhões.

As ações desenvolvidas pelos técnicos da Gerência de Educação Especial, no sentido de conscientizar pais, professores e comunidade em suas visitas as escolas, têm contribuído muito com esse percentual positivo. ”Alunos que antes ficavam trancados dentro de casa e eram diagnosticados como incapazes, hoje têm a chance de serem reavaliados. Aprendemos muito, respeitando aos ritmos de cada Portador de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs)”, comentou o secretário de Estado de Educação, Luís Antônio Pagot.

O respeito à diversidade humana, tem sido norteadora na aplicação dos projetos e programas educacionais implantados pela Seduc. A Educação Especial na atualidade está consolidada sobre novos paradigmas que sinalizam para construção de uma sociedade inclusiva, orientada por relações de acolhimento e aceitação das diferenças individuais e de esforço coletivo na equiparação de oportunidades a todos os indivíduos.

“Em Mato Grosso, o contingente de pessoas com necessidades educacionais especiais é bastante expressivo e reflete a necessidade de repensarmos a implementação da Política Educacional, que venha dar respostas a essa população específica, o que nos leva a enfrentar o desafio de agir no sentido de construir uma escola que realmente atenda a todos, independente de suas condições pessoais, sociais ou culturais”, comentou Pagot.

A Seduc atende, atualmente, 10.033 alunos com necessidades especiais. Os serviços estão organizados em 183 escolas estaduais de 118 municípios do estado, através de 110 classes especiais e 162 salas de recursos. Embora estes números demonstrem avanços significativos no atendimento educacionais às pessoas com necessidades especiais, esses dados não representam a universalização do atendimento no Estado, visto que este possui uma vasta dimensão territorial, o que dificulta a implementação e o acompanhamento das políticas públicas. “È necessário o desenvolvimento de ações que favoreçam a interiorização das políticas educacionais, a secretaria tem como meta garantir o direito aos serviços especializados às pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais, bem como a ampliação do atendimento em todos os municípios do Estado”, finalizou o secretário.

Recursos

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), do município de Sinop, localizado 500 km ao norte da capital, atende atualmente cerca de 197 alunos com necessidades educacionais especiais. A instituição recebeu o repasse da Secretaria de Estado de Educação no valor de 123.648,00 (cento e vinte e três mil, seiscentos e quarenta e oito reais) para o orçamento de 2007. Segundo a diretora da APAE, Elaine Maria Nervo, a verba repassada é destinada à folha de pagamento dos funcionários. “Graças a esse valor conseguimos manter a folha de pagamento mensal em dia, já que a nossa escola necessita de profissionais da educação especializados e sem esse recurso seria impossível manter essas pessoas”, comentou a diretora.

A Associação Mato-grossense dos Cegos, de Cuiabá atende atualmente 238 associados. O montante repassado pela Seduc, via convênio é de R$ 198,7 mil para 2007. Segundo o tesoureiro da Instituição, Sandro Luís da Silva, esse recurso representa muito para a associação, com esse repasse pagamos a equipe de funcionários que prestam serviços para os nossos associados. "Sem esse repasse seria inviável para nós mantermos abertas as portas da Associação”, disse Silva.

A Sociedade Pestalozzi de Várzea Grande recebe um repasse anual de R$ 198,7 mil para atender a 180 alunos. Para a presidente e diretora pedagógica da Associação, Maria Ferreira de Souza, esse repasse garante aos alunos atendimento educacional, psicológico e social. “Esse recurso é sustentáculo financeiro da nossa Instituição, através dele, conseguimos atender a nossa clientela satisfatoriamente, temos planejamento, carga horária a cumprir. Pela manhã os nossos alunos se ocupam com atividades escolares, pela tarde vão para as oficinas profissionalizantes, onde eles aprendem a confeccionar trabalhos manuais, aproveitamento e reaproveitamento de madeiras, aproveitamento e armazenamento de alimentos, cozinha experimental, horticultura e jardinagem”, enumerou a presidente.





Fonte: 24HorasNews

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