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Repórter News - reporternews.com.br
Tecnologia
Segunda - 19 de Fevereiro de 2007 às 06:08

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Especialistas acreditam que em pouco tempo a base de 2,2 bilhões de usuários começará a se acostumar a ver anúncios de 15 segundos antes de reproduzir um vídeo, enviar uma mensagem ou ouvir uma música em seu telefone celular.

Feira mundial mostra novidades em telefonia celular "Este ano este tipo de anúncio invadirá o mundo. Anteriormente não havia redes rápidas o suficiente nem telefones capazes de para oferecer suporte a boa propaganda", declarou Laura Mariott, diretora da Mobile Marketing Association, que representa mais de 400 anunciantes e a indústria móvel, ao jornal The New York Times.

O anúncio foi feito no 3GSM World Congress, um dos principais eventos da indústria de celulares que reuniu 60 mil pessoas em Barcelona, na Espanha, esta semana. Diversas companhias no congresso se comprometeram a mesclar propaganda com serviços móveis de uma maneira que respeite a privacidade de seus usuários.

Um analista da inglesa Informa Telecoms and Media acredita que a maior parte dos usuários de países desenvolvidos terá celulares com recursos de navegação e reprodução de vídeo quando este tipo de anúncio se transformar em um fenômeno de mercado de massa.

Por sua facilidade de localização, celulares oferecem uma possibilidade de propaganda e marketing que não pode ser reproduzida na televisão ou internet. É possível, por exemplo, que uma operadora saiba a localização exata de uma pessoa no momento que o anúncio é veiculado, além de dados tais como valores gastos em serviços telefônicos, ligações que realizam e quando estas são feitas, idade, sexo e preferência de jogos e músicas.

Mas, para alguns executivos o sucesso de anúncios assim ainda não é garantido, principalmente por uma falta de padronização, que poderia facilitar a venda de anúncios para diversas operadoras simultaneamente. "O telefone celular pode chegar a todos e está sempre ligado, mas nós precisamos rapidamente definir nossos padrões de indústria para podermos nos beneficiar com esta oportunidade", declarou Arun Sarin, da Vodafone, uma das mais lucrativas operadoras de telefonia celular.

A organização americana Mobile Marketing Association, que inclui companhias como Verizon Wireless, Sprint Nextel e T-Mobile USA, já começou a dar passos na direção da padronização. Através de um acordo elas decidiram oferecer anúncios para usuários que optarem recebê-los em troca de serviços gratuitos ou mais baratos. Estas normas estão sendo estruturadas também para uma proposta no mercado europeu.

Outro assunto que precisa ser resolvido é a questão da privacidade, diz Laura Mariott, que acredita que as pessoas não optarão por anúncios a qualquer hora do dia, mas sim escolherão determinados momentos e tipos de anúncio que desejarão receber.

O fato de baixar o preço de alguns serviços em troca dos anúncios pode ser bastante interessante para companhias que produzem conteúdo multimídia para celulares, já que permitirá a elas oferecer, a um custo inferior e sem grandes interferências, conteúdos que atualmente são caros e, por isso, não despertam a curiosidade de todos os usuários.

A Informa acredita que até 2011 os anúncios em celulares renderão US$ 11,3 bilhões, partindo de um montante quase nulo há dois anos. Ainda não é possível dizer quais tipos de anúncios se destacarão, mas banners e pequenos vídeos devem ser preponderantes em países desenvolvidos, enquanto um expressivo domínio da propaganda através de mensagens de texto marcará os países em desenvolvimento.

Atualmente já se pode ver parte do efeito dos anúncios em celulares, principalmente de serviços pré-pagos, em que operadoras nacionais insistem em mandar mensagens SMS com propagandas de promoções e novos serviços para seus clientes.




Fonte: Magnet

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