As versões hatch e sedã do Chery Celer chegam nesta semana às concessionárias custando R$ 35.990 e R$ 36.990, respectivamente. O motor para as duas configurações é o 1.5 16V flex, de 108 cv de potência a 6000 rpm e 14 kgfm de torque a 3.000 rpm, acoplado a uma transmissão manual de cinco marchas. Por ora, o modelo é importado da China. Mas ele será o primeiro a ser produzido na fábrica da montadora em Jacareí (SP), a partir de abril do ano que vem.
"Para a Chery do Brasil, o Celer tem um significado muito especial e representa o início de uma nova fase da empresa no país", diz o CEO e vice-presidente da montadora do Brasil, Luis Curi, que a produção será completa, e não apenas de sistema CKD (montagem de carros importados em partes). A meta da Chery é vender 7 mil unidades do Celer, sendo 75% do hatch e 25% do sedã.
Design italiano
Para chamar a atenção do público brasileiro, a fabricante destaca o design criado pelo estúdio italiano Torino Design e o pacote de itens de série -não há opcionais.
O carro sai de fábrica com 40 componentes no pacote, sendo os mais importantes ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), airbag duplo, travas, vidros e retrovisores elétricos, rádio com CD Player e MP3, além de entrada USB, e rodas de liga leve de 15 polegadas.
Para o motorista há ainda seis posições de ajuste de banco e regulagem da altura da direção, acionamento interno para abertura do tanque de combustível e desembaçador do vidro traseiro, regulagem elétrica da altura dos faróis e sistema que desliga automaticamente as luzes do carro por tempo ajustado da forma desejada.
A montadora afirma que dará 3 anos de garantia no carro e mais 2 anos para motor e transmissão, sem limite de quilometragem.
Assim, o Celer entra na disputa dos compactos situados um patamar acima ao dos modelos de entrada, ou seja, tem como rivais Hyundai HB20, Chevrolet Onix eToyota Etios, além dos renovados Volkswagen Gol e Fiat Palio.
Tiggo terá transmissão automática
O próximo lançamento da Chery no país é o novo Tiggo, segundo Curi. O modelo foi apresentado no Salão de São Paulo com transmissão automática, que deve chegar no segundo semestre deste ano.
A marca chinesa pretende vender neste ano 30 mil unidades no país, considerando os modelos Celer, QQ, S18, Face e Tiggo. Se confirmada a meta, a montadora terá 0,8% de participação no mercado brasileiro. No ano passado, a Chery vendeu 14 mil unidades no país.
Modelo para Brasil e China
Entre futuros modelos a serem produzidos no Brasil, além do Celer, um deles dever ser um subcompacto totalmente novo e voltado ao mercado local, que também seria introduzido na China.
A marca estudava a produção em Jacareído S18, mas decidiu que é melhor investir em um carro que impacte no mercado brasileiro, assim como fez a Hyundai ao criar o HB20, que só é vendido no país.
Um outro produto para ser feito em Jacareí poderá ser um SUV, mas não o Tiggo, que deve continuar sendo trazido do Uruguai. E o Qoros, se vier para o Brasil, será importado.
Preocupada com a fidelização e conquista de novos clientes, a Chery diz que investe R$ 37 milhões nas áreas de vendas, pós-vendas e marketing, e conta atualmente com 80 concessionárias.
No final deste ano, a fábrica de Jacareí, que recebeu investimento de US$ 400 milhões, será inaugurada para pré-produção. As operações começam em abril de 2014, com 10 mil unidades anuais em uma primeira fase. No entanto, a terceira fase prevê 150 mil unidades por ano e 4 modelos. A empresa também não descarta exportar parte da produção brasileira. "Já fui oferecer carros no Chile, Argentina, Venezuela, etc", diz Curi.
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