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Educação/Vestibular
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 15:48

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Depredações, arrombamentos e ameaças foram cenas ´apresentadas´ em muitas escolas, principalmente de periferia, de Tangará da Serra em 2006, como o caso da escola Pedro Alberto Tayano, localizada na Vila Esmeralda. O colégio foi por diversas vezes cenário de cenas de violência com grupos de jovens que invadiam a escola, amendrontando professores, alunos e pais.

O número de casos de violência nos colégios cresceu, transformando a escola, antes espaço de amparo e proteção, num ambiente inseguro. Dessas e outras situações que levaram ainda em junho de 2006, a Comissão Pró-Cidadão, formada por educadores e inspetores de menores do Município, a elaborarem metas para amenizar a violência nas escolas. Dentre as propostas sugeridas, a Comissão encaminhou ao 7º Comando Regional em Tangará da Serra pedido para que implantasse no município o Projeto Meta Escola, já realizado em Rondonópolis.

Para a surpresa, uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e o Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso colocará à disposição de todas as escolas da rede estadual de ensino do Mato Grosso os serviços exclusivos de um policial militar. A ação faz parte do projeto “Meta Escola”, ramificação da política de segurança pública que o atual comandante-geral da PM pretende implementar no estado, que visa ao policiamento por metas segmentadas, isto é, diagnóstico dos problemas de segurança pontuais e a implementação de metas para resolvê-los. Além dos policiais militares exclusivos, as escolas também passam a contar com inspetores escolares.

PROJETO - O projeto funcionará em uma ação integrada entre o policial militar designado à escola e a comunidade escolar. O policial irá agir como um pedagogo-social, um mediador de conflitos.

O policial exclusivo – ou policial Meta Escola - visitará a escola e fará ronda em seu entorno por duas horas a cada plantão. Com isso, será possível que ele identifique os problemas de segurança enfrentados pela escola, delineando como meta acabar com eles.

A assessora pedagógica Sandra Santos disse que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial da Secretária do Estado de Educação, mas afirma estar muito feliz com a notícia da parceria entre Seduc e Comando Geral. “Como já havíamos encaminhado no ano passado a solicitação ao 7º Comando Regional em Tangará da Serra para tentar a parceria para as escolas do município, fiquei contente em saber que o projeto será destinado a todas as escolas do Mato Grosso”.

ESCOLA – Para o diretor da escola Pedro Alberto Tayano, Edilson Luiz da Cruz, se o projeto realmente for implantado em todas as escolas, especialmente na Pedro Alberto Tayano, irá contribuir muito na comunidade escolar. “Ainda não temos conhecimento do projeto, pois estamos no período de férias, mas acredito que se for implantado trará mais tranquilidade para toda comunidade escolar, contribuindo com isso no aprendizado dos alunos, que poderão estudar sem medo”, afirma o professor, ressaltando ainda que muitos da comunidade acreditam que a presença de um policial tira a liberdade dos cidadãos, mas que na verdade a presença constante de policiais “só traz segurança aos cidadãos de bem”. Para 2007 a escola atenderá aproximadamente 1800 alunos, divididos em três períodos.

PROJETO-PILOTO - O projeto “Meta Escola” foi implantado no ano de 2006 nas 33 escolas estaduais de Rondonópolis e, de acordo com o capitão James Jacio Ferreira, reduziu a violência dentro e no entorno das escolas. “Em 19 de dezembro do ano passado, fizemos uma reunião com os diretores para a avaliação do projeto e pudemos observar que o projeto levou a sensação de segurança, o que possibilita aos diretores e ao corpo docente uma tranqüilidade maior para se empenharem em suas atividades pedagógicas”.

O capitão citou dois casos ocorridos nas escolas de Rondonópolis sanadas pelos policiais “Meta Escola”. O de um diretor ameaçado por traficantes e da recuperação de 13 alunos-problema de uma única escola. “Essa última escola fica num bairro periférico e os alunos estavam envolvidos com droga e na marginalidade. A diretora e policial implantaram um projeto de ‘resgate’ e conseguiram recuperar os alunos”, contou o capitão.





Fonte: Diário da Serra

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