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Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 13:15

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Já se foi o tempo em que se podia estacionar o carro sem ter de ficar olhando para o veículo a cada segundo, ou sair para caminhar à noite sem medo de assaltos e roubos.

Mesmo com todo empenho das polícias Civil e Militar, Tangará da Serra está se transformando em uma cidade violenta. A criminalidade que assola o município teve mais um triste episódio na noite de segunda-feira. Por volta das 20h um homem armado invadiu um supermercado e baleou o proprietário, que horas mais tarde acabou falecendo. O medo de novos ataques preocupa os moradores. Ultimamente, os supermercados e estabelecimentos comerciais tem se tornado alvo constante dos bandidos. O local com maior índice de ocorrências, por incrível que pareça, é o centro da cidade. Lá, ocorrem casos de furto, furto qualificado e roubo.

Um fato que gerou reclamação por parte da comunidade foi a demora da Polícia Militar ao atender o comunicado do assalto ao supermercado. Segundo testemunhas, a PM demorou cerca de 30 minutos para chegar ao local. “O Corpo de Bombeiros chegou em questão de minutos, juntamente com a impresa. Ligamos várias vezes para a PM que demorou mais de 30 minutos para chegar”, declara indignado um funcionário do supermercado.

Outro morador diz que a polícia alegou não ter viatura disponível para atender todas as ocorrências. “Enquanto a PM tem justificativa para o atraso, pessoas trabalhadoras acabam pagando o preço, muitas vezes com a vida e os criminosos continuam andando livremente pela cidade. O ladrão fugiu de bicicleta, acredito que caso a PM tivesse atendido imediatamente o comunicado, ele poderia estar preso agora”, diz um amigo da família do empresário.

O coronel Victor Hugo Metello de Siqueira ao ser questionado sobre a demora da PM, falou que tem informações que a ocorrência foi atendida o mais breve possível e frisou que “se a PM tivesse chego em três minutos, não teria mais como evitar o assalto, no entanto, os policiais militares não estão medindo esforços para resolver o caso, passaram a noite de segunda e a madrugada de terça-feira trabalhando na captura do acusado, verificando todas as informações que eram repassadas”, explica o coronel.

OUTROS CASOS - Um morador do bairro Jardim Europa procurou o DS e reclamou que presenciou um furto à residência e avisou de imediato a PM, que informou não ter viatura disponível. “Não temos a quem recorrer, pois o policial foi informado do furto e mesmo assim não atenderam o chamado. A PM apareceu no local, depois de uma hora, ocasião que informamos quem havia praticado o furto, mas nada foi feito”, declara.

Siqueira diz que há diversos fatores que colaboram para os crimes, como alto número de desemprego, grupos ou criminosos que voltam às ruas após a prisão e até a vulnerabilidade estudada no comportamento de determinada região.

Siqueira salienta que a questão do horário mais perigoso em determinados locais também é relativo. A PM recomenda que as pessoas não andem sozinhas à noite.

Em relação aos lugares conhecidos como violentos, o coronel diz que não dá para generalizar bairro nenhum, até porque, há criminosos que moram na periferia, mas também há muita gente honesta e trabalhadora lá. Ele acha que essa gente de bem, muitas vezes, se sente acuada em ajudar a polícia.

Segundo o coronel, a PM conhece os focos das atuações dos criminosos na cidade.

DENÚNCIAS - Sem querer transferir a culpa, as autoridades pedem a colaboração das vítimas. A denúncia, mesmo que seja apenas uma desconfiança, ajudará muito nas investigações. Segundo os órgão policiais do município os poderes de justiça somente sabem dos crimes com a denúncia.

DIFICULDADES DA POLÍCIA - O comandante deixou claro que a Polícia Militar em Tangará trabalha com um déficit operacional de pessoas. No entanto, diante das últimos assaltos à mão armadas que ocorreram na cidade, tendo em vista que um deles acabou em tragédia, a PM colocou todso os policiais na rua, inclusive quem trabalha no setor administrativo, dando início a “Operação Fecha Quartel”. A informação foi repassada pelo capitão Eduardo Costa. O objetivo é manter o policiamento reforçado nos centros e nos bairros. “Os incidentes ocorridos nos últimos dias influenciaram a ação da PM”, declara.

PROTESTO - A comunidade tangaraense saiu as ruas na tarde de ontem para protestar contra a violência. A iniciativa contou com a participação de dezenas de pessoas que realizaram uma passeata pelo centro da cidade.





Fonte: Diário da Serra

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