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Politica Brasil
Quarta - 24 de Janeiro de 2007 às 08:11

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Apenas 24 horas depois de ter anunciado o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), Lula admitiu, pela primeira vez, a hipótese de promover ajustes nas medidas que acaba de lançar. Deu-se num diálogo telefônico que o presidente manteve na noite desta terça-feira (23) com um dos governadores que, na véspera, prestigiara a solenidade de anúncio do plano.

O governador discou para Lula para repassar-lhe impressões que recolhera de outros executivos estaduais que, como ele, abalaram-se até Brasília, para assistir à discurseira desenvolvimentista que marcou o lançamento do PAC. Contou ao presidente que a insatisfação dos governadores é maior do que deixaram transparecer os jornais. Acrescentou que a animosidade espraiou-se inclusive entre governadores politicamente alinhados com o Planalto.

Em resposta, Lula disse que o PAC não é uma “obra fechada”. Revelou que, mercê do que lera no noticiário, já havia determinado à ministra Dilma Rousseff que procure os governadores. De viagem marcada para Davos (Suíça), nesta quarta, encomendou à chefe da Casa Civil a elaboração de um inventário das queixas. Quer começar a analisá-las logo que voltar do Fórum Econômico Mundial. Quer formar uma opinião antes da próxima reunião que terá com os governadores, no dia 6 de março.

Segundo disse ao governador que o procurou, Lula verificará com a sua equipe econômica, antes do novo encontro com os governadores, se há espaço para aperfeiçoar o PAC. Referiu-se ao plano como um conjunto harmonioso. Mas afirmou explicitamente que não é avesso a sugestões, desde que não conspurquem o objetivo central do governo, a retomada do crescimento econômico.

O interlocutor do presidente informou ao blog que Lula mostrou-se aberto ao diálogo. Aceitará sugestões de todos os que se dispuserem a apresentá-las, sejam governadores, empresários, sindicalistas ou congressistas. Só não vai admitir “a crítica pela crítica”. Lula acha que muitos estão desancando o PAC antes mesmo de analisar detidamente as medidas provisórias e projetos de lei que compõem o plano. Queixou-se genericamente da “grande imprensa”.

Na opinião do presidente há uma pré-disposição da mídia contra o PAC. Acredita que a sociedade, se bem esclarecida, enxergará no programa virtudes que, por ora, não foram devidamente realçadas.





Fonte: Folha Online

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