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Analistas vêem Bovespa em 50 mil pontos
Apesar de a Bovespa ter registrado perdas expressivas de 5,01% na primeira semana de 2007, a perspectiva para o mercado acionário nacional é bem positiva para o ano. Grande parte dos analistas vê a Bolsa próxima dos 50 mil pontos no fim de 2007.
Os mais otimistas não duvidam que o Ibovespa --principal índice da Bolsa paulista, que reúne as 58 ações de maior liquidez-- esteja perto dos 55 mil pontos daqui a 12 meses.
Mas, como ainda estamos no começo do ano, os profissionais do mercado lembram que trovoadas podem ocorrer, principalmente na economia norte-americana, e estragar as projeções mais favoráveis.
O Ibovespa encerrou 2006 aos 44.473 pontos. A máxima histórica já alcançada pela Bolsa de São Paulo foi registrada no primeiro pregão deste ano, no último dia 2, quando atingiu os 45.382 pontos.
Chegar a 55 mil pontos significaria alcançar uma valorização em torno de 23% no ano. Mesmo que um resultado desses seja positivo, ficaria abaixo do registrado em 2006, quando a alta acumulada pela Bolsa ficou em 32,93%.
Análise elaborada por Carlos Macedo, do Unibanco, mostra a projeção de que o Ibovespa estará a 54.100 pontos no final deste ano. Segundo o analista, "2007 deve continuar sendo positivo para o mercado de ações brasileiro".
"O fluxo de investimentos no Brasil será em grande parte condicionado pelas condições de liquidez do mercado internacional. Mas o Brasil tem conseguido se diferenciar positivamente de seus pares emergentes", afirma o analista do Unibanco.
Em 2006, os investidores estrangeiros foram o grupo que mais movimentou ações na Bovespa, com participação de 35,5% no total girado. Em maio, chegaram a responder por 40% das operações. Dessa forma, as decisões de investimento dos estrangeiros acabam por pesar consideravelmente nas oscilações da Bolsa de Valores de São Paulo.
Os estrangeiros mais compraram do que venderam ações na Bovespa no montante de R$ 1,75 bilhão em 2006.
"A Bolsa segue com potencial de valorização em 2007", afirma Pedro Paulo Silveira, economista da Grau Gestão de Ativos. "Se os juros nominais ficarem em torno de 11%, podemos pensar na Bovespa indo tranqüilamente a 50 mil pontos. Assim, não é absurdo imaginar que a Bolsa pode bater nos 55 mil pontos neste ano", estima Silveira.
De qualquer maneira, analistas sempre lembram que Bolsa é risco. Em outras palavras, não existe garantia de retorno ao se investir em ações.
Sempre existe a possibilidade de se terminar determinado período amargando perdas ao se aplicar no mercado acionário. Por isso, a recomendação dos profissionais do mercado costuma ser a de se investir apenas uma parcela das economias em ações.
Outra parcela deve ser alocada em uma aplicação mais conservadora, como fundos DI e de renda fixa, que pagam juros e têm possibilidades muito menores de fazer com que o dinheiro do investidor evapore. Perdas
O ano passado, que foi o melhor para a Bovespa desde 2003 no quesito valorização, teve períodos bastante difíceis.
Entre o fim de abril e agosto, o Ibovespa teve perdas acumuladas de 10%. Isso significa que quem investiu R$ 5.000 no período viu seu dinheiro virar R$ 4.500.
Em meados de maio, o Fed (o banco central dos EUA) sinalizou que poderia elevar os juros americanos por tempo indeterminado. O mercado global, que não esperava por isso, teve uma reação bastante negativa. E os emergentes, como o Brasil, tiveram um período difícil, com investidores internacionais vendendo seus ativos (como ações e títulos da dívida) e comprando papéis do Tesouro dos Estados Unidos, que são mais seguros e passaram a pagar taxas maiores.
Cautela
Mas há analistas menos otimistas que, apesar de esperarem resultado positivo para a Bovespa neste ano, afirmam não confiar em altas muito expressivas.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, o Ibovespa deve encerrar 2007 em aproximadamente 48 mil pontos.
"Trabalho com um cenário de Bolsa em torno dos 48 mil pontos daqui a um ano. Sou bem mais conservador, no que se refere a resultado da Bovespa neste ano", afirma Neves.
Os mais otimistas não duvidam que o Ibovespa --principal índice da Bolsa paulista, que reúne as 58 ações de maior liquidez-- esteja perto dos 55 mil pontos daqui a 12 meses.
Mas, como ainda estamos no começo do ano, os profissionais do mercado lembram que trovoadas podem ocorrer, principalmente na economia norte-americana, e estragar as projeções mais favoráveis.
O Ibovespa encerrou 2006 aos 44.473 pontos. A máxima histórica já alcançada pela Bolsa de São Paulo foi registrada no primeiro pregão deste ano, no último dia 2, quando atingiu os 45.382 pontos.
Chegar a 55 mil pontos significaria alcançar uma valorização em torno de 23% no ano. Mesmo que um resultado desses seja positivo, ficaria abaixo do registrado em 2006, quando a alta acumulada pela Bolsa ficou em 32,93%.
Análise elaborada por Carlos Macedo, do Unibanco, mostra a projeção de que o Ibovespa estará a 54.100 pontos no final deste ano. Segundo o analista, "2007 deve continuar sendo positivo para o mercado de ações brasileiro".
"O fluxo de investimentos no Brasil será em grande parte condicionado pelas condições de liquidez do mercado internacional. Mas o Brasil tem conseguido se diferenciar positivamente de seus pares emergentes", afirma o analista do Unibanco.
Em 2006, os investidores estrangeiros foram o grupo que mais movimentou ações na Bovespa, com participação de 35,5% no total girado. Em maio, chegaram a responder por 40% das operações. Dessa forma, as decisões de investimento dos estrangeiros acabam por pesar consideravelmente nas oscilações da Bolsa de Valores de São Paulo.
Os estrangeiros mais compraram do que venderam ações na Bovespa no montante de R$ 1,75 bilhão em 2006.
"A Bolsa segue com potencial de valorização em 2007", afirma Pedro Paulo Silveira, economista da Grau Gestão de Ativos. "Se os juros nominais ficarem em torno de 11%, podemos pensar na Bovespa indo tranqüilamente a 50 mil pontos. Assim, não é absurdo imaginar que a Bolsa pode bater nos 55 mil pontos neste ano", estima Silveira.
De qualquer maneira, analistas sempre lembram que Bolsa é risco. Em outras palavras, não existe garantia de retorno ao se investir em ações.
Sempre existe a possibilidade de se terminar determinado período amargando perdas ao se aplicar no mercado acionário. Por isso, a recomendação dos profissionais do mercado costuma ser a de se investir apenas uma parcela das economias em ações.
Outra parcela deve ser alocada em uma aplicação mais conservadora, como fundos DI e de renda fixa, que pagam juros e têm possibilidades muito menores de fazer com que o dinheiro do investidor evapore. Perdas
O ano passado, que foi o melhor para a Bovespa desde 2003 no quesito valorização, teve períodos bastante difíceis.
Entre o fim de abril e agosto, o Ibovespa teve perdas acumuladas de 10%. Isso significa que quem investiu R$ 5.000 no período viu seu dinheiro virar R$ 4.500.
Em meados de maio, o Fed (o banco central dos EUA) sinalizou que poderia elevar os juros americanos por tempo indeterminado. O mercado global, que não esperava por isso, teve uma reação bastante negativa. E os emergentes, como o Brasil, tiveram um período difícil, com investidores internacionais vendendo seus ativos (como ações e títulos da dívida) e comprando papéis do Tesouro dos Estados Unidos, que são mais seguros e passaram a pagar taxas maiores.
Cautela
Mas há analistas menos otimistas que, apesar de esperarem resultado positivo para a Bovespa neste ano, afirmam não confiar em altas muito expressivas.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, o Ibovespa deve encerrar 2007 em aproximadamente 48 mil pontos.
"Trabalho com um cenário de Bolsa em torno dos 48 mil pontos daqui a um ano. Sou bem mais conservador, no que se refere a resultado da Bovespa neste ano", afirma Neves.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/249928/visualizar/
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