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Nacional
Sábado - 28 de Outubro de 2006 às 02:12

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira que o país não recuará diante das petrolíferas estrangeiras com as quais não foram assinados novos contratos sob o marco da nacionalização do setor de energia, decretada em maio. Porém, o presidente deu a entender que o prazo final para a adequação terminará no dia 31 de outubro, e não neste sábado, como se afirmou inicialmente.

Até a noite de hoje, apenas a francesa Total e a americana Vintage firmaram contratos de operação adequados à lei de nacionalização, contra a previsão do governo boliviano de que 20 multinacionais assinariam novos acordos. Ainda há negociações pendentes com gigantes como a Petrobras, a espanhola Repsol-YPF e a britânica British Gas.

Morales destacou que as multinacionais "ainda têm algumas horas, alguns dias, para cumprir com as normas" da nacionalização. "Queremos que as empresas sejam sócias e não donas dos nossos recursos naturais", disse.

"Às outras empresas com as quais estamos em negociação, quero lhes dizer que, apesar de sermos um país pequeno, subdesenvolvido, as empresas têm que respeitar nossas normas, nossas leis, vamos fazê-las respeitar", completou Morales, no ato em que Total e Vintage assinaram seus respectivos novos contratos.

Segundo o decreto de nacionalização, as empresas que não assinarem novos contratos no prazo estipulado deverão sair do país, deixando seus ativos nas mãos da estatal boliviana YPFB.

Morales, que atacou a política de privatizações dos governos precedentes, afirmou também que a nacionalização "será garantida pelos movimentos sociais e pelos uniformizados da pátria", em referência às Forças Armadas.

O presidente disse ainda que a Bolívia precisa de acordos justos, segundo ele como os realizados com a argentina Enarsa e a venezuelana PDVSA.





Fonte: Terra

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