Inquérito que apurou morte marcado por fatos estranhos
Entre 1988 e 1989, por suspeitar de uma tentativa de acobertar os verdadeiros autores do crime, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e a Opan (Ong Operação Amazônia Nativa) iniciaram uma investigação paralela, sob a orientação dos advogados criminalistas Luiz Eduardo Greenhalgh, hoje deputado federal pelo PT, e Michael Mari Nollan.
“Um dos principais resultados foi o início da identificação da autoria e com uma informação surpreendente, a do envolvimento do próprio delegado de Polícia Civil de Juína, Ronaldo Antônio Osmar, como agenciador, a mando do proprietário Pedro Chiquetti”, diz um texto assinado pela coordenação nacional do CIMI.
O advogado Zoroastro Teixeira, que representa o ex-delegado, diz considerar a hipótese absurda e inconsistente. “Não há testemunhas concretas, não há provas de envolvimento do meu cliente e sequer houve comprovação de morte violenta. É uma acusação vazia”.
Segundo ele, os acusados foram escolhidos para acalmar os ânimos da opinião pública. “Aquela era uma região repleta de conflitos de toda ordem. Eles (os acusados) foram eleitos para dar uma satisfação à sociedade”. (RV)
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