Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 23 de Outubro de 2006 às 07:58

    Imprimir


O inquérito policial do caso Vicente Cañas durou seis anos e ficou marcado por estranhas ocorrências. A mais incrível delas talvez tenha sido a descoberta da calota craniana do missionário – que havia sido remetida para um exame no IML em Minas Gerais - abandonada em uma via pública de Belo Horizonte.

Entre 1988 e 1989, por suspeitar de uma tentativa de acobertar os verdadeiros autores do crime, o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e a Opan (Ong Operação Amazônia Nativa) iniciaram uma investigação paralela, sob a orientação dos advogados criminalistas Luiz Eduardo Greenhalgh, hoje deputado federal pelo PT, e Michael Mari Nollan.

“Um dos principais resultados foi o início da identificação da autoria e com uma informação surpreendente, a do envolvimento do próprio delegado de Polícia Civil de Juína, Ronaldo Antônio Osmar, como agenciador, a mando do proprietário Pedro Chiquetti”, diz um texto assinado pela coordenação nacional do CIMI.

O advogado Zoroastro Teixeira, que representa o ex-delegado, diz considerar a hipótese absurda e inconsistente. “Não há testemunhas concretas, não há provas de envolvimento do meu cliente e sequer houve comprovação de morte violenta. É uma acusação vazia”.

Segundo ele, os acusados foram escolhidos para acalmar os ânimos da opinião pública. “Aquela era uma região repleta de conflitos de toda ordem. Eles (os acusados) foram eleitos para dar uma satisfação à sociedade”. (RV)





Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/266514/visualizar/