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Nacional
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 16:32

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O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) formado para debater a situação de ex-colônias de portadores de hanseníase (lepra) vai fazer um levantamento de quantas pessoas ex-pacientes, familiares e ex-funcionários - ainda vivem nesses locais atualmente. As colônias eram lugares onde os portadores de hanseníase viviam isolados, sem contatos com o mundo exterior.

O GTI, composto por representantes de onze ministérios, coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Republica, vai mapear também a situação socioeconômica dos atuais moradores de 33 ex-colônias.

De acordo com a coordenadora do grupo, Izabel Maior, a estimativa é de que nesse lugares ainda vivam cerca de três a quatro mil hansenianos, mas que somados aos agregados, esse número pode ser até quatro vezes maior.

Izabel Maior disse que com os dados da pesquisa será possível direcionar melhor as políticas públicas para esse grupo. "O Brasil tem essas políticas e essas ações, o que estamos percebendo é que esses programas não chegam às ex-colônias. O interesse do grupo é melhorar a qualidade de vida (dessas pessoas) e fazer com que todos os programas cheguem lá", disse.

Hoje (20) o grupo realizou a quinta reunião e pela primeira vez com a participação do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI). Atualmente, a maioria das pessoas que vivem nos locais que funcionaram como colônias são idosas.

Até 1969, a hanseníase era catalogada como doença que não tinha cura e era de fácil transmissão. Restava aos hansenianos o isolamento nas colônias de tratamento e o estigma de "leproso", nome pelo qual eles eram chamados.

Hoje a hanseníase tem cura e o tratamento é feito em postos de saúde pública com o uso de medicamento gratuito.





Fonte: Terra

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