Assassino de Rabin poderá receber visitas conjugais na prisão
Os serviços secretos internos, o Shin Bet, determinaram que Yigal Amir, que cumpre prisão perpétua pelo assassinato do então chefe do Governo de Israel em 1995, não representa uma ameaça para a segurança pública e que pode exercer seu direito de consumar seu casamento celebrado há dois anos.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, expressou, no entanto, seu descontentamento com a decisão do Shin Bet. "É incrível que tenham levantado as restrições ao assassino do primeiro-ministro Yitzhak Rabin", disse.
Amir se casou secretamente com Larisa Trimbobler em setembro de 2004, abrindo uma polêmica quanto à validade do casamento segundo a lei judaica.
A Corte Suprema de Israel rejeitou em 2005 um recurso apresentado por Amir contra a decisão de uma corte local de negar seu direito a receber visitas conjugais.
Pouco depois, a Associação para os Direitos Civis em Israel contatou o serviço de prisões de Israel e solicitou que Amir e Trimbobler fossem autorizados a se casar na prisão.
Segundo esse grupo, "o prisioneiro também tem direito a se casar e os direitos civis estão a favor de Yigal Amir".
O assessor jurídico do Estado de Israel ordenou no início deste ano ao Ministério do Interior que reconhecesse o casamento de Amir, apesar de não autorizar a realização de uma cerimônia perante um rabino.
Até o momento, as autoridades penitenciárias israelenses se negaram a permitir que Trimbobler visse Amir como parte do programa de visitas conjugais.
Amir assassinou Rabin em 4 de novembro de 1995 durante uma manifestação em apoio ao processo de paz que o primeiro-ministro liderava.
Trimbobler, divorciada e mãe de quatro filhos, emigrou da ex-União Soviética a Israel há mais de uma década. Durante vários anos antes de seu casamento com Amir, ela o visitava na prisão a cada duas semana.
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