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Nacional
Domingo - 06 de Agosto de 2006 às 13:17

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O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou que o ditador cubano Fidel Castro, afastado do governo por problemas de saúde, "é uma figura do passado e há tempos já não representa um caminho para o futuro."

O tucano também disse considerar o regime político do país "obsoleto" e condenou as restrições às liberdades civis em Cuba e as execuções de dissidentes do regime.

Alckmin foi o único dos três presidenciáveis que lideram as pesquisas de intenção de voto que respondeu às seis perguntas enviadas pela Folha sobre o ditador e o regime cubano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou por meio de assessores que, por decisão da sua campanha, não responderia a nenhuma das questões. Durante seu governo, o Brasil manteve relação de proximidade com o regime cubano, ao qual Lula evitava chamar de ditadura. Não apoiou resoluções que condenaram Havana por violações na Comissão de Direitos Humanos da ONU e defendeu a "ampliação do diálogo" dos países latino-americanos com a ilha. Lula dizia também que gostaria de ajudar o povo de Cuba a viver "experiências democráticas".

Primeiros contatos

Lula e Fidel Castro se conheceram em 1980 em Manágua (Nicarágua), na comemoração do primeiro aniversário da revolução sandinista. Em 1995, Fidel foi à casa do petista em São Bernardo do Campo.

Nesta semana Lula enviou votos de pronta recuperação ao ditador. "Em nome da amizade que nos une e da luta que travamos em favor do desenvolvimento e da igualdade entre os povos, quero transmitir-lhe os votos de pronta recuperação."

Uma das acusações que pesa sobre o PT é o suposto recebimento ilegal de dólares de Cuba à campanha de Lula em 2002.

Já assessores de Heloísa Helena (PSOL), terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente, alegaram falta de tempo para dar as respostas, apesar de seus assessores terem recebido o questionário na última quarta-feira.

Para Alckmin, o regime de Fidel sobreviveu à Guerra Fria, mas certamente não sobreviverá ao seu chefe. "A revolução cubana logrou importantes realizações no campo da saúde, da educação, mas, como seu líder, acabou se desgastando e desiludindo muito de seus defensores pelo exercício inequivocamente arbitrário e discricionário do poder", disse.





Fonte: Folha de S. Paulo

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