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Quarta - 02 de Agosto de 2006 às 17:48

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“Não damos o peixe, mas sim, ensinamos a pescar”, resume Ivana Fares, presidente do Pró-Unim (Projeto Unimediano de Ação Social), sobre a criação da Cooperart Vida, uma cooperativa de artesãs do Parque Atalaia, comunidade carente onde a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) realiza vários projetos desde quando foi criada, em junho de 2004.

Formada por 35 artesãs, a Cooperart Vida foi criada no Centro de Convivência do Pró-Unim, onde elas aprenderam com as professoras, Eudes e Lourdes, vários tipos de artesanato como bordado, crochê e tapeçaria. Para incentivar a criação da cooperativa, o Pró-Unim procurou o Sebrae, que ministrou palestras sobre empreendedorismo. “Assim, nossas alunas aprenderam sobre qualidade, a colocar preço e agregar valor às peças”, afirma a presidente. Para ela, um dos objetivos do Pró-Unim é ensinar , qualificar e dar condições para que o grupo seja independente, gerando renda. “Depois que aprendem, podem caminhar com as próprias pernas”, afirma ressaltando que as artesãs agora podem, com a Cooperart Vida, até exportar.

No dia 27 de julho, a Cooperart Vida inaugurou sua sede própria, numa casa cedida por uma das artesãs, Adriana Rodrigues, de 30 anos. Além da assessoria contábil, o Pró-Unim colaborou com a doação de computador, armários e ventiladores.

De acordo com Ivana, as aulas no Pró-Unim continuam para outros grupos de mulheres, só que com cursos diferentes do ano passado. “Este ano elas vão aprender técnicas de vagonite, biscuit e chinelo”, diz. Em dezembro do ano passado, o Pró-Unim concedeu certificados a todas as alunas. A mais velha estava com 72 anos. “A certificação é simbólica, já que não somos registrados no MEC (Ministério da Educação e Cultura), mas vale muito como incentivo”, destaca.

De acordo com a presidente da cooperativa, Eudes Arruda de Almeida, de 42 anos, trabalhar no mesmo espaço com outros artesãos possibilita a troca de experiências e uma melhor orientação dos trabalhos, que garante a qualidade. “Cada um fiscaliza o trabalho do outro. Cada um aprende com o outro”, diz.

Eudes é professora de artes e ensina o grupo há dois anos. Segundo ela, o aprendizado é constante. “Fazemos vários cursos de artesanatos diferentes para ficarmos sempre atualizadas”, afirma. “Agora vamos fazer bijuterias com papel de revistas, que ficam parecendo cerâmica”, adianta.

As peças da Cooperart Vida estão sendo comercializadas há três meses na sede da Unimed Cuiabá. Para Eudes, o pagamento já descontado na folha de vencimentos do colaborador, facilita muito para a cooperativa.

Prosperidade - Em setembro a Cooperart Vida participa da Festa Internacional de Pesca, em Cáceres, e em outubro, o Sebrae vai expor os trabalhos na Feira de Artesanato do Rio Grande do Sul.





Fonte: Pau e Prosa

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