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Polícia Brasil
Quinta - 29 de Junho de 2006 às 08:03
Por: Patricia Neves

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O assassinato do menino Felipe Cassiano da Silva, 12, morto em Várzea Grande, completou um ano este mês e até hoje nenhum dos culpados pela morte dele foi para a prisão. O inquérito, que teve prazo para conclusão prorrogado, permanece em poder do delegado Vaít Eugênio de Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele informou que ainda não possui suspeitos pelo caso.

Por medo, a maioria dos moradores do bairro adotou a "lei do silêncio" e não auxilia as investigações. O corpo do menino, que frequentava aulas de capoeira, adorava futebol e nunca havia sido detido ou se envolvido com entorpecentes, foi encontrado em um terreno baldio no bairro Pirinéu, periferia da cidade. O fato que mais chamou a atenção foi que ele teve os antebraços arrancados por força mecânica (com ajuda de alguma máquina) e morreu depois de levar várias pancadas na cabeça.

A Polícia Civil trabalha com a tese de que ele tenha sido vítima de um engano, sendo confundido com um assaltante e por isso morto.

Pouco após o crime, foi tomado o depoimento de um colega da vítima, um garoto de 14, que alegou ter visto um homem de 37 levando o menino nos ombros para o meio do mato. A princípio cogitou-se a possibilidade dele ter sido molestado porque estava com o short abaixo do joelho. Entretanto, exames médicos demonstraram que não existiam lesões na região anal do menino.

A DHPP chegou a prender o suspeito, mas como não existiam provas materiais da ligação dele, permaneceu detido por 10 dias e foi liberado. Para agravar a situação, a fragilidade nas declarações do menino de 14 anos fizeram ainda que a justiça determinasse que ele fosse submetido a avaliação psicológica. Para a polícia, o garoto sempre se manteve distante e tranquilo nos depoimentos. Entretanto, ele era tido como amigo da vítima e foi uma das últimas pessoas a ter contato com o menino. A mãe do menino, a balconista Márcia Maria Cassiano Silva, disse para A Gazeta, que jamais vai desistir de ver o responsável pelo crime punido. Ela tem outros cinco filhos e afirma ter suspeitos do assassinato. Sem recursos financeiros, não pôde contratar um advogado para acompanhar as investigações.





Fonte: A Gazeta

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