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Politica Brasil
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 09:34
Por: Rubens de souza

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A aliança articulada pelo governador Blairo Maggi, com o apoio do PMDB, corre sério risco de ser inviabilizada por uma negociação que vem sendo mantida em Brasília pelos líderes do partido. Para ficar na aliança do presidente Lula, o PMDB deverá ganhar um ministério “com porteira fechada”. Com isso, reabre-se a possibilidade de embate interno dentro do PPS, partido do governador, pela vaga de vice, que estava reservada a Silval Barbosa, presidente da Assembléia Legislativa.

“Os políticos estão mais indecisos que eleitores, totalmente perdidos” – disse o coordenador-geral da campanha de Maggi, Luís Antônio Pagot, que não esconde o desejo de ser o vice. Ex-secretário chefe da Casa Civil e principal articulador da aliança governista, Pagot disse que a reeleição de Maggi deverá ser sustentada por 12 partidos, em blocos diferentes. Ele fez deferência especial ao PDT, cujo candidato ao Senado, Eraí Maggi, abriu mão da postulação. “O PDT é amigo de primeira hora” – frisou.

Pagot confirmou, por outro lado, que o candidato a Senado será mesmo o ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, presidente do PFL no Estado. Ele explicou que os estrategistas da campanha agora buscam “uma saída” para acomodar os trabalhistas, liderados pelo deputado Carlos Brito, que também já foi secretário-chefe da Casa Civil. PTB e PSB também estarão, segundo Luís Antônio Pagot, na aliança com Maggi.

O entrave mesmo continua sendo a vice. Precisamente, nove meses de Governo em 2010. No domingo, líderes do PMDB em Mato Grosso se mostravam revoltados com o tratamento dado pelo PPS ao presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa. A informação era de que a vice ficaria mesmo com Luís Pagot. O ex-secretário nega e diz que está pronto para ser vice, suplente, candidato ou coordenador. Num discurso mais contemplativo, Pagot disse que a atual vice, Iraci França, que tem várias alas do PPS apoiando-a, goza também de toda a confiança do governador.

Em verdade, a “implosão” da vice para Silval se deu pelo fato de que o PMDB ganhará o Ministério da Saúde, podendo trocar até mesmo a recepcionista. O cargo será ocupado por Paulo Lustosa, que deverá ser empossado ainda esta semana. Esse movimento chegou primeiro ao Palácio Paiaguás, cujos ânimos ficaram arrefecidos. Antes, o PMDB já vinha, aqui mesmo em Mato Grosso, negociando com o PT. “Nós vamos continuar conversando com o PMDB” – disse Pagot, ao participar domingo do programa “Ponto de Vista”, da Rede TV (canal 5). O tom, contudo, não foi entusiasmado.





Fonte: 24 Horas News

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