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Cidades/Geral
Quarta - 21 de Junho de 2006 às 12:00
Por: Luciene Oliveira

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Poconé, MT - Assim como milhares de trabalhadores rurais sem terra, a história das 84 famílias instaladas na Vila Rural Portal, do município de Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá), não é muito diferente. Elas passaram dois anos acampadas e há um ano foram beneficiadas com lotes agrários pelo Programa Nossa Terra, Nossa Gente, do Governo do Estado e administrado pelo Intermat.

Para quem aguardou uma vida inteira e somente depois dos 60 anos conseguiu realizar o sonho de ter um pedaço de chão, esperar mais um e finalmente construir sua primeira casa, não faz muita diferença, explica a agricultora Antônia Rodrigues Arruda e Silva, 64 anos, que se mudou para o lote que ganhou há um ano e agora concretizou o sonho da casa própria, construída com a liberação do crédito habitação do programa. “Agradeço muito porque hoje estou na minha casa nova”, disse.

Para dona Antônia as dificuldades como frio, sol, chuva, falta de condições higiênicas e água, são coisas do passado. A terra e a casa representam o começo de uma vida nova, mais produtiva. “Olha não tem nem como explicar, passei muita chuva, sol, pra mim hoje estar nessa casa nova, sete anos esperando. Só Deus mesmo e esse governo agora para melhorar a vida da gente”, agradece a assentada.

A assentada Natália Gomes Marçal Sales, 48 anos, casada e mãe de três filhos, há dez dias trocou o barraco de palha pela casa nova. Segundo ela, só quem morou em condições semelhantes sabe o valor de uma casa de alvenaria. “Para nós foi maravilhoso. Só quem mora debaixo da lona sabe o sofrimento”, disse.

Das 84 famílias beneficiadas com lotes agrários, 40 construíram casas e mais 30 casas foram liberadas no assentamento. Cada família recebeu lotes de 3 a 10 hectares e durante o período de espera do material de construção das casas, passaram a cuidar e produzir alimentos para subsistência.

O agricultor Avelino Paes de Campos, 70 anos e pai de oito filhos, deixou de ser empregado para cuidar da própria terra. “Trabalhava no que era dos outros, agora quero cuidar do meu”, afirma. Ele construiu sua primeira casa a poucos meses e já planta na propriedade banana, café, abacaxi e verduras. “Ainda vou agüentar fazer muita coisa. Eu não compro nada, só compro roupa na cidade. Até açúcar eu vou fazer aqui”, ressalta.

Avelino Campos concluiu o curso de operadores de máquinas e implementos agrícolas, oferecido pela Secretaria de Emprego, Trabalho e Assistência Social (Setecs). Otimista, ele disse que seu projeto agora é colocar em prática tudo o que aprendeu na produção da propriedade. “Eu fiz o curso em São Vicente, foi o governo que pagou. Tá me servindo agora. Eu quero é tocar do que é meu e meus filhos vão me ajudar”,disse o agricultor.

Além da terra e da casa, as famílias também ganharam filtros de barros doados pela Setecs. O investimento na construção das casas está avaliado em R$ 420 mil.





Fonte: Da Assessoria

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