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Domingo - 11 de Junho de 2006 às 16:35

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Na quinta-feira, dia 29 de junho, o programa Linha Direta Justiça promete retratar - de maneira realista - o maior incêndio de todos os tempos em número de mortes, no Brasil e no mundo. Na tarde ensolarada de domingo, dia 17 de dezembro de 1961, cerca de três mil pessoas - sendo 70% crianças - foram assistir a matiné do Gran Circus Norte-Americano, em turnê em Niterói.

Considerado o maior e mais completo da América Latina, o circo ardeu num incêndio que matou 372 pessoas, entre crianças, adultos e idosos, e consta até hoje no Guiness, o livro dos recordes. "É uma história dramática que vamos contar com emoção, produção, bastante gente e muita ação", sintetiza Edson Erdmann, diretor de cena do jornalístico da Globo.

No episódio, muitos sobreviventes farão depoimentos carregados de emoção. Além das centenas de mortes, inúmeras pessoas perderam parentes próximos e sofreram graves queimaduras. "Vi o depoimento de Dona Lenir e fiquei impressionada com seu bom-humor e sua alegria de viver", observa Ana Roberta Gualda, intérprete de Lenir Ferreira de Queiroz Siqueira, que sobreviveu ao incêndio.

Na pele de Danilo Stevanovich, dono da empresa circense, Dalton Vigh conta que ficou pasmado ao ler o roteiro. "Confesso que me emocionei só de imaginar o desespero dessas pessoas", afirma o ator.

Com aproximadamente 500 figurantes, o episódio mostrará os bastidores do circo nos dias que antecederam a tragédia. Além da platéia, 15 integrantes do grupo do Palhaço Topetão fazem a figuração circense. Nas cenas em que o circo em chamas desaba, foi necessário construir uma maquete gigante. "Optamos por fazer uma reconstrução do imaginário do circo de todas as épocas", explica o produtor de arte, Artur Camacho. Outra preocupação da direção foi com os figurinos. "Como é um episódio de época, tivemos de vestir praticamente todos os figurantes", reforça a figurinista Denise Bernardes.

Embora trágico, o incêndio suscitou histórias que mexem até hoje com o imaginário da população brasileira. Como a do rico empresário que ficou conhecido como o Profeta Gentileza. Supostamente traumatizado com o incêndio, passou a vagar durante décadas pelas ruas cariocas fazendo inscrições dedicadas à paz. "Já tinha ouvido falar da tragédia por causa do Gentileza", recorda Isabel Gueron, intérprete da trapezista Antonieta Stevanovich, irmã do dono do circo e a primeira a ver as chamas do incêndio.

O programa mostrará também a história de Adilson Marcelino Alves, vulgo Dequinha, condenado a 16 anos de reclusão pelo crime e morto em 1973, após uma tentativa de fuga. Contratado para ajudar na montagem do circo, o rapaz logo foi demitido pelo dono por incapacidade.

Inconformado, tentou se vingar de Maciel Felizardo - funcionário que provocou sua demissão. No terceiro dia de show, o rapaz conseguiu entrar com o comparsa Walter Rosa dos Santos, o Bigode, e pôs fogo na lona ao final do espetáculo. "Estamos seguindo uma tradição do programa de contar histórias que marcaram a memória do Brasil", valoriza o diretor-geral do Linha Direta, Milton Abirached.





Fonte: TV Press

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