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Politica Brasil
Domingo - 11 de Junho de 2006 às 13:08

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Nove ex-deputados e o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB) exerciam, em troca de propina, o "comando político" da máfia dos sanguessugas para que "os golpes contra o Orçamento União pudessem fluir", afirma o procurador da República em Cuiabá Mário Lúcio Avelar na denúncia encaminhada à Justiça Federal.

Os "golpes" começaram em 2001 e desviaram R$ 110 milhões da saúde, diz a Polícia Federal. A Folha teve acesso à denúncia de 250 páginas. Além dos dez congressistas, mais 71 pessoas, incluindo 27 assessores e ex-assessores parlamentares, foram denunciadas por lavagem de dinheiro, corrupção, formação de quadrilha e crime contra a lei de licitações.

Na denúncia, Avelar informa que o comando não se limitou a ex-deputados, pois continuou em 2003. O procurador diz que 63 de um total de 65 emendas ao Orçamento apresentadas pelo deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), atual segundo-secretário da Câmara, beneficiaram a máfia dos sanguessugas.

Os ex-deputados e o ex-senador recebiam propina, segundo Avelar, para apresentar emendas ao Orçamento destinadas à compra de ambulâncias superfaturadas por prefeituras. O pagamento de propina, segundo o procurador, era feito pela Planam. Pela denúncia, baseada no livro-caixa da Planam, o ex-senador Carlos Bezerra recebeu "da empresa Planam, nos dias 23 de maio e 18 de junho de 2002, as quantias de R$ 12 mil e R$ 10 mil". Resposta

O advogado do ex-senador Carlos Bezerra disse que até o momento seu "cliente não sabe do que é acusado". Segundo ele, o inquérito correu em segredo de Justiça e Bezerra não teve acesso a ele. O advogado afirma que Bezerra, durante seu mandato, não apresentou emendas para compra de ambulâncias.





Fonte: Da Redação/Agência Folha

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