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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 08 de Junho de 2006 às 23:20

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O mercado financeiro local repete o nervosismo registrado em todo o mundo com a discussão a respeito das taxas de juros e do crescimento da economia global. Às 15h58, o dólar comercial subia 1,29%, para R$ 2,27, enquanto o risco Brasil avançava 2,69%, para 267 pontos. A Bovespa tinha queda de 0,74%, aos 35.001 pontos, acompanhando a baixa das principais Bolsas asiáticas, européias e da Bolsa de Nova York.

A morte do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi Abu Musab al Zarqawi, considerado líder da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, ajuda a derrubar os preços do petróleo no exterior --o barril era negociado no nível de US$ 70-- mas mesmo assim os investidores estão de mau humor em Wall Street.

Hoje o Banco Central Europeu elevou em 0,25 ponto percentual, para 2,75% ao ano, sua taxa básica de juros, evidenciando preocupação com a inflação. O temor de alta de preços e desaceleração da economia global é que tem provocado nervosismo no mercado financeiro.

No dia 10 de maio, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano. Foi a 16ª elevação consecutiva, e os investidores esperavam uma sinalização do fim do ciclo de altas, que não veio.

A autoridade monetária afirmou que seus próximos passos serão guiados pelos indicadores econômicos, mas os índices que saíram mais confundiram do que esclareceram. Da mesma forma, as declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke, contribuíram para as turbulências. Amanhã, ele volta a falar em público, discursando no MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos --os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) estão entre os destinos preferenciais desses recursos.

Além disso, quando a economia está desaquecida, os ganhos das empresas também são menores, e essa perspectiva desanima os investidores nas Bolsas de Valores --é mais um motivo para eles buscarem os bônus dos EUA.

O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,37 e o turismo subia 0,85%, para R$ 2,35.

Copom

A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), realizada nos dias 30 e 31 de maio, foi divulgada hoje e seus dizeres também contribuem para a baixa da Bovespa. No documento, o comitê manifesta preocupação com a recente volatilidade apresentada pelo mercado externo e fala que parte do efeito dos últimos cortes da Selic ainda não refletiram na economia e que agirá com mais parcimônia a partir de agora.

Os investidores se mostram divididos a respeito da expectativa para a Selic: parte dos investidores entende que haverá uma pausa na redução da taxa básica de juros da economia brasileira e outra parte acha que ainda há espaço para baixas. "Mesmo diante das sinalizações dúbias dadas pelo colegiado quanto aos próximos passos da política monetária, nossa expectativa é de que a taxa de juros seja reduzida novamente na reunião que ocorrer dia 19 de julho", diz a Austin Rating em relatório.





Fonte: Folha Online

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