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Cidades/Geral
Quinta - 25 de Maio de 2006 às 10:27
Por: Silvana Ribas

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O comando de greve dos motoristas e cobradores recua e suspende a greve por 48 horas. A decisão foi tomada ontem pela manhã e, à tarde, cerca de 85% da frota dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, além do intermunicipal, circulavam normalmente. Hoje a categoria realiza duas assembléias, uma pela manhã e outra à tarde, para definir os novos rumos do movimento, que completou na terça-feira 10 dias de paralisação. Por sua vez, empresários já somam o recebimento de 800 currículos de trabalhadores em dois dias, respondendo ao cadastramento feito inicialmente para dar cumprimento à liminar que obrigava as empresas a manter 60% da frota circulando em horários de pico e de 30% nos horários de menos movimento.

As secretarias de Trânsito e Transportes de Cuiabá e Várzea Grande já planejam estratégias para colocar vans e táxis atuando emergencialmente no transporte de passageiros. Em Várzea Grande, o secretário Tarcísio Bassan ainda não descartou esta possibilidade e garante que a população não vai mais arcar com os prejuízos pela falta de entendimento entre patrões e empregados. Bassan disse que possui um pré-cadastro com cerca de 400 vans, que poderá ser usado em situações emergenciais, como as dos dias 15 e 22, quando a população de Várzea Grande ficou presa no Terminal André Maggi esperando pelos coletivos intermunicipais que não foram liberados pelo comando de greve.

O presidente do sindicato dos trabalhadores, Ledevino da Conceição, argumentou que a liberação de vans e kombis para o transporte de passageiros é a oficialização da pirataria por parte do poder público, com prejuízos para toda população. Lembrou que o passageiro que usar estes novos "alternativos" não terá direito à integração e que o sistema vai prejudicar idosos e estudantes que têm direito à gratuidade. O assessor jurídico do sindicato, João Batista dos Anjos, taxou como ato de desespero do poder público a liberação de vans para o transporte coletivo. Trabalhadores e empresários aguardam o agendamento da votação do dissídio, ajuizados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último dia 17, quando não houve acordo na audiência de conciliação. Ontem, os dois processos, tanto o patronal quanto dos trabalhadores, ainda eram apreciados pelo Ministério Público do Trabalh





Fonte: A Gazeta

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