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Polícia Brasil
Segunda - 08 de Maio de 2006 às 10:08

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O envolvimento e a prisão do ex-chefe do escritório de representação da AMM, José Wagner dos Santos, irmão do Presidente da AMM, José Aparecido dos Santos, Cidinho, na Operação Sanguessuga realizada pela Policia Federal, pode ter sido um equivoco, já que todos os processos relativos a compras de ambulância são de 2001 a 2004 e Wagner dos Santos só assumiu o cargo em Abril de 2005, após a eleição de Cidinho para a presidência da AMM e em 2005 não houve liberação de recursos para compra de ambulâncias e Uti’s móveis pelo Governo Federal.

Como representante da AMM em Brasília, o então assessor era responsável pelo acompanhamento de projetos das prefeituras de MT junto aos ministérios e ainda do agendamento de audiências com deputados federais, o que de certa forma o tornava alvo de assédios, dada o seu contato direto com os prefeitos do estado.

Nas gravações feitas pela Policia Federal, em nenhuma delas há qualquer dialogo apontando para o pagamento ou negociação de propina do então assessor da AMM, ou ainda orientando os prefeitos a não realizarem negócios com as empresas investigadas, há sim Wagner dos Santos, informando alguns prefeitos do risco de relação comercial com a Planan, que estava sob investigação federal. Num dos diálogos flagrados pela PF, os empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira dos Santos falam que Wagner dos Santos estaria atrapalhando seus negócios.

Em uma das gravações, o prefeito de Arenápolis, Rogaciano Oliveira Sampaio, pede para Wagner dos Santos, checar a liberação de um recurso para reforma de um posto de saúde em seu município, uma emenda do então deputado federal, Wilson Santos, em seguida, Wagner dos Santos teria ligado para a funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha, perguntando sobre a liberação do recurso, quando está informou já ter sido liberado. A conversa demonstra que a atuação do representante da AMM em Brasília era apenas o de assessorar os prefeitos.

Por telefone, o prefeito de Arenápolis, Oliveira Sampaio, confirmou o dialogo, mas rechaçou qualquer relação com pedido ou pagamento de propina. “Wagner nunca, repito nunca, fez qualquer menção a propina, ele apenas nos auxiliava em Brasília, que, aliás, é o papel dele como funcionário da AMM, nos assessor junto aos ministérios e gabinetes parlamentares” afirmou o prefeito.

A defesa de Wagner dos Santos, feita pelo advogado Ulisses Rabaneda, assegura que o pedido de prisão contra seu cliente é um equivoco e fez algumas observações, entre elas a de que nos autos, consta como objeto de investigação o período de 2001 a 2004, quando Wagner dos Santos nem atuava como assessor da AMM, que, aliás, não tinha montado escritório de representação em Brasília. Como forma de provar sua inocência, Wagner colocou à disposição da PF e da Justiça o seu sigilo bancário, fiscal e patrimonial.

Wagner dos Santos negou qualquer envolvimento no esquema e que jamais pediu favorecimento em licitação para qualquer empresa, destacando que seu trabalho se limita a assessorar prefeitos nas audiências nos ministérios e com parlamentares para discutir projetos de interesse dos municípios e também nos casos de inadimplências junto a União.

O ex-assessor da AMM se apresentou ontem a Policia Federal, mas o delegado que cuida do caso, dispensou seu depoimento, alegando ter outros mais importantes para serem ouvidos.





Fonte: Da Assessoria

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