PF começa acareação entre os acusados de participar da 'quadrilha das ambulâncias'

A Polícia Federal começará hoje as acareações entre os 47 presos, acusados de integrar uma quadrilha que fraudava licitações e vendia ambulâncias superfaturadas para prefeituras de vários Estados. O grupo atuava em seis Estados e no Distrito Federal. A partir desta segunda-feira, técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) vão ajudar a PF nas investigações. Eles chegaram a Cuiabá neste final de semana e vão trabalhar na perícia de 45 computadores apreendidos pela Operação Sanguessuga, que começou no dia 4 de abril.

De acordo com o delegado da PF, Tardelli Boaventura, as acareações podem escalarecer algumas dúvidas, trazer novas informações e esclarecer a participação de outros suspeitos. Segundo o delegado, podem surgir novas prisões.

Em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso da TV Centro América, José Wagner dos Santos, assessor da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) em Brasília, negou participação no esquema. Ele é acusado de ser o intermediador entre a empresa Planam e prefeituras de Mato Grosso na compra de abulâncias superfaturadas. Ele disse que conhecia Luiz Antônio Trevisan Vedoin, dono da Planam, e que foi procurado pela empresa para intermediar os contatos entre a Planam e as prefeituras, mas recusou a proposta.

A polícia apresenta como prova do envolvimento de José Wagner dos Santos com a quadrilha das ambulâncias uma conversa telefônica entre o assessor da AMM e o empresário Vedoin, onde José Wagner afirma que não tem tanto poder e que é apenas empregado do grupo. O acusado nega que tenha existido essa conversa.

No sábado à noite, 13 presos na Operação Sanguessuga foram transferidos para Cuiabá.