Ministro do Esporte culpa inflação, órgãos de controle e até clima por aumento no custo da Copa de 2014
Aldo Rebelo acena em evento de reinauguração do estádio do Mineirão: sobrou até para o clima brasileiro
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou na manhã desta quinta-feira (24) que "diversos fatores" influenciam no aumento do custo das obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014, entre eles a inflação dos materiais e da mão-de-obra e a fiscalização dos órgãos de controle e ambientais. O ministro culpou até o clima do Brasil, que seria muito chuvoso, pelo aumento de preço das obras.
O custo total estimado da organização e realização da Copa do Mundo de 2014 passou de R$ 23 bilhões em dezembro de 2010 para R$ 26 bilhões em dezembro de 2012, de acordo com o Ministério do Esporte. Os gastos compreendem obras de mobilidade urbana, estádios e entornos, portos e aeroportos.
A afirmação foi feita durante um bate-papo com internautas ao lado do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari. Questionado por um internauta o por quê das obras de infraestrutura esportiva no Brasil "sempre dobrarem de preço", Rebelo se irritou. "Isto não está provado estatisticamente", disse ele. "É normal os custos crescerem. Quando o projeto é apresentado, o que existe é uma estimativa, que vai se adequando à realidade".
"Aí tem o aumento natural de custos, às vezes a obra é interrompida por causa das chuvas, é complicado", afirmou o mistro. Segundo ele, quando o TCU (Tribunal de Contas da União) ou a CGU (Controladoria Geral da União) paralisam uma obra por suspeita de irregularidades, o custo sobe. "Enquanto a obra está lá esperando liberação, os operários continuam contratados, as máquinas continuam alugadas e por aí vai. Quando isso acontece, o custo sobe bastante", disse Rebelo.
Para o ministro, outro problema que aumenta o custo das obras é a demora na aprovação de licenças de adequação ambiental para os projetos, a cargo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O ministro afirma que o governo faz "tudo o que é possível" para evitar desperdício de dinheiro público, mas que muitas vezes isso não é possível.
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