Há uma semana no cargo, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, disse que irá fazer um recadastramento de todos os imóveis da cidade e atualizar a planta genérica de valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), reajustado em 25% no mês de dezembro. Ele declarou que se for identificada qualquer irregularidade o erro será corrigido. "Se houve erro no passado, o cidadão não poderá pagar essa conta", enfatizou.
"Se não tem asfalto, tem que atualizar que não tem asfalto e a partir daí a prefeitura vai tomar as providências para corrigir esse erro cometido", reafirmou. Mendes pontuou que a alíquota do IPTU de Cuiabá é uma das mais baixas do país e a arrecadação do imposto é necessária para que sejam feitos investimentos no município. "A prefeitura não tem capacidade de gerar recurso por si só. O dinheiro que iremos arrecadar dos construibuintes será investido na cidade", argumentou o prefeito de primeiro mandato.
A lei criada pelo prefeito anterior, que prevê o aumento do imposto foi aprovada pelos vereadores na última sessão do ano passado. Outra alteração foi faixa de isenção. A partir deste ano, quem tiver imóvel avaliado em até R$ 50 mil não vai pagar o IPTU. A previsão da atual administração é beneficiar pelo menos 70 mi contribuintes.
O aumento vai impactar diretamente no setor de comércio e serviços em Cuiabá. Segundo estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), 80% das pequenas e médias empresas estão instaladas em áreas nobres da cidade, onde o imposto calculado pelo preço do imóvel já é mais caro. As casas e apartamentos avaliados até este valor não vão pagar o imposto, o que deve beneficiar cerca de 70 mil contribuintes.
Em 2010 a prefeitura reajustou o valor venal dos imóveis e, consequentemente, reajustou o IPTU de 2011. Depois de muitas reclamações, foi dado um desconto de 30%. No entanto, neste ano, o valor cobrado passou a ser integral.
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